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Mostrando postagens de julho, 2017

Dois poemas do poeta M.

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1.     Parabéns pra você! (As regras da morte) No poeta alvissareiro que eu sou, Paira um ar de desprezo pelas regras. E, não só paira como goza. Sou poeta antigramatical! Poesia viva, antecedente da técnica, Anterior a uma vida morrente qualquer, Nem a morte é viva, e nem há vida. Vida que morre é regra, um apagar de velinhas sobre o bolo, Morte, sem vida: é um eterno tédio... 2.     Filólogo Eu sou amigo de Deus, porque Deus é a palavra. Muito amigo de Deus e mais amigo das palavras. A ferir com palavras, a atacar com os deuses, Sem sentir-se magoado com o dito, e sem ferir-se consigo. Ser: todo liberto pela força na vontade do verbo recriar, Aniversariar e agradecer ao verbo que me via, quando eu vinha Do inferno-vazio, eu, claudicante. Eu, que te conto daquela vida que vivia Pelas ruas e que, agora, volta ao vil sossego. Quando temes a essa tua vida, em teus medos, não te dizes a verdade, Velho Phobos. És mentira na verdade que se assoma,

Despido

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Desse amor que mata mas não falha... Mesmo aos que não estão atentos, Há sempre algo, nesse sutil sussurrado, Que perdura... Vitória que não se atinge por força; Princípio e caminho da contemplação E dos mestres, aperfeiçoados nessa Maior sensibilidade de sutilezas: Energia cósmica e vida, Espírito sem esforço. Despido, Espírito-nu, Pessoas sem fronteiras: Eu-tu.