Pessoa (Paraíba, João, São, Fogueira[s])
Pessoa (Paraíba, João, São, Fogueira[s]) Soa a pessoa que assoa, E o espírito de Fernando, é n'outa pessoa?... Sobre mim, que sou mulambo, ecoa o verso e Res-ssoa, zoa Eterno... Trapo de lã, sapato velho, poeta perdido, Partido: um coração ferido, Que se co-funde no tempo-espaço: Mil anos, um dia desses, um momento... Estendido tapete D'um niceno convite que te faço em Folha verde, verdadeiro verso. Dos deuses sólidos, bólidos de carbono Quatorze vezes transparência. Divergente, [converge-em-im] o teu sexo-fenda E, com volúpia, sugo o teu ato No momento exato em que O ébrio, assoa o tédio de [si menor] que eu. Num mato, sem cachorro e sem coelho, O poeta retorna ao espelho De aço e de palavras profundas no regaço. Poeta-escaravelho! Poemas são perfeitos como pedras e Concretos como Ísis. Tao, tão, "tou", sim e não Felizes como a fera, animal-irmão . Curtir