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Pessoa (Paraíba, João, São, Fogueira[s])

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Pessoa (Paraíba, João, São, Fogueira[s]) Soa a pessoa que assoa, E o espírito de Fernando, é n'outa pessoa?... Sobre mim, que sou mulambo, ecoa o verso e Res-ssoa, zoa Eterno... Trapo de lã, sapato velho, poeta perdido, Partido: um coração ferido, Que se co-funde no tempo-espaço: Mil anos, um dia desses, um momento... Estendido tapete D'um niceno convite que te faço em Folha verde, verdadeiro verso. Dos deuses sólidos, bólidos de carbono Quatorze vezes transparência. Divergente, [converge-em-im] o teu sexo-fenda E, com volúpia, sugo o teu ato No momento exato em que O ébrio, assoa o tédio de [si menor] que eu. Num mato, sem cachorro e sem coelho, O poeta retorna ao espelho De aço e de palavras profundas no regaço. Poeta-escaravelho! Poemas são perfeitos como pedras e Concretos como Ísis.  Tao, tão, "tou", sim e não Felizes como a fera, animal-irmão . Curtir
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A idiotice da culpa Dúvida... Como poderei realizar O projeto de latências e pendências Disso o que sou: Amontoado de impotências de potências em ato De mensuras e desmensuras? Do sentimento visceral Parte uma onda de agonia discreta Que percorre toda a extensão dos intestinos. O sentimento de culpa é pendente, Decadente, assim, também, é o homem que o sustenta. Na idiotice da culpa se mostra a total vileza dos  Humos-humanos. A mortalidade a ebulir-se do cadáver, Vaporizada na fraqueza do tosco, Revela o desgosto de um pobre moço Que não entende só ter culpa, o que se culpa. O sentimento é a multa De quem se sente ofendido Por ter reagido a uma ofensa Indiscreta e pública. A mesmice incomoda Quando a tolice transborda o cálice Das idiotices incontidas e medonhas Enquanto a mente reclama por uma reação Mais ágil e menos tacanha. Idiota, pamonha! Mediante essa burrice tamanha e Empedernida na vil mediocridade, Sob a idiotice da culpa, Repousa toda imaturid...

Dinâmicas do Vazio Aparente

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Restos mortais de agosto 31-2016 (19:51 h.) Esgotos de Maurício de Nassau! Já é morto o São Francisco relutante: Eu, fogueira de Santa Maria, Chá de cipó moído-jagube-mariri, folhas Flores e brotos... 16 anos de solidão. Ouro Preto-prata, marfim e pedras preciosas. Nenhuma é Paraíba, turmalina-neon em Corpo imortal de diamante, adamantino? Hari Om Tat Purusaya! Om Namo Narayana! Dragões de jade e um Jedi, Rococó alcoolizado no Barroco. A Roda da Fortuna a plenos Vayus e pulmões. Nesse estado de Smirnoff Eu-Yagé:  sou você, eles e esse amanhã ansioso  No hoje de incontáveis feitiços. Por Zenom - O Príncipe dos poetas velhos.
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Lista de compras - Para Daniely Bozi Há muita riqueza Nesses pobres versos que te escrevo, Assim como empobrece a beleza dos teus olhos,  Nessa tua timidez que me angustia Porque eu quero muito mais de ti, muito mais... Quero mais apego e mais quero o Teu abraço e o gosto do teu beijo. Eu Quero tua boca por empréstimo temporário e sempiterno. Quero te deliciar, deixar-me Dominar pela fome de fruta madura. Tens menos de vinte anos, Mas eu te vejo eterna em meus desejos mais secretos. Não temo a concorrência porque os teus olhos já me aclamam vencedor. Teu desejo se desperta tímido e preguiçoso rumo à luz do Sol-Eu-Sou. A tua pele se tornará em ouro pelos meus raios e, irás às raias do divino. Loucura, Quando toco a tua tez com suavidade e parcimônia monásticas? Minha teologia adentrará no teu convento, Eu e meu varão, incenso puro; Purifico a dor, puro e purificador. Sou a lei do teu desejo e o brilho em teus cabelos, Sou teu outro, quem os vejo. O que já é teu po...
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Eu-hoje dei-me conta do que me falta: Alguns dentes, um carro possante e uma noiva decente. Ainda quero, do pouco, muito pouco e, Do nada, quase nada... O céu cria, o céu resolve! Mas, Eu-com-as-entranhas dou-me falta do pouco, Muito pouco, pouquinho-de-nada: QUASE NADA Nada-quase-nada! No sufoco vê-se muito pouco A afundar nas águas da enxurrada. E agora! Vou beijar-te a boca de afogada e fim.
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O mundo que eu vejo e que me vê  Eu sou gratidão, Deus! Agradeço aos olhos meus. Posso, enfim e ao menos, admirar-me. Que maravilha é Ter olhos e ver... Não ser assim, tão comum. Olhos videntes, viventes, Viajantes da vista: Mundo real, Incomum...? É o que eu vejo Meu espírito, meus olhos, Minha vida, Em tantos vejo: Vidas se acabando... Sinto o amor que me toca E o temor sufoca. Embora eu não veja motivos Para essas linhas tortas, Que ditam verdades  - Mas, afinal, quem mais se importa? - Natureza quase-morta, Natividade decomposta. Uma vida que recobra a consciência Na dureza dessa lida, Apaixonada e infringida, Olhos que eu tanto gosto e que tão poucos olham!  Ocupados Não enxergam mais do que as suas vendas! Mal percebem, tensamente, as suas veias, Minhas incontáveis sendas...
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O ouro de uma vida Vida, quem és? Morte, onde estas? Veja bem mocinha, A natureza em seu esplendor: As duas faces da mesma moeda, as Duas pepitas do mesmo ouro. (Finalmente, a moçoila desperta!) Agora, enquanto todos vão morrendo, eu me pergunto: Será, isso  tudo, Algum tipo de piada? Todos estão morrendo! Que podemos ainda querer Vivos nesse mundo mortal?