Representação artística e sentido real do sonho: os reflexos da arte literária barroca de Calderón na metafísica moderna de O mundo como vontade e representação. (Esbôço e Notações Introdutórias Gerais)
Representação
artística e sentido real do sonho: os reflexos da arte literária barroca de Calderón
na metafísica moderna de O mundo como
vontade e representação. (Esbôço e Notações Introdutórias Gerais)
By
Marcelo Santos
DELIMITAÇÃO DO NÚCLEO ARGUMENTATIVO:
- O maior terror, a maior dor,
o maior sofrimento que possa acometer o ser humano é tão sem sentido e sem
razão quanto qualquer sonho ou ilusão.
- Uma reflexão filosófica
sobre a vida real e a utopia a partir da arte literária de Calderón. Arte
literario de Calderón: una reflexión filosófica sobre la vida real y la
utopía.
- Estudo comparativo dos
reflexos dos elementos da literatura teatral barroca hispânica e a
reflexão metafísica sobre a relidade e o sonho em O mundo como vontade e representação
- Importância da literatura e
do teatro barroco na filosofia moderna de Schopenhauer.
Termos de base: Realidade, sonho, Maia, Ilusão, Imaginação, tragédia,
teatro, tragicomédia, sofrimento, História. [Os termos deverão ser estudados em
seu sentido para a língua espanhola]
1. DEFINICIÓN DEL ARGUMENTO PRINCIPAL
1. El mayor
terror, el mayor dolor, el sufrimiento mayor que pueda afectar al ser humano
es, en Calderón y Schopenhauer, como sin sentido y sin razón como cualquier
sueño o ilusión?
OBJETIVOS
ESPECIFICOS:
i. La distinción
entre la vida real y el sueño en la literatura de Calderón es tan sutil como la
distinción entre la cordura del hombre de genio y la [la cordura y la locura]
loco, tratados en la Metafísica de la belleza de Arthur Schopenhauer.
ii. Dar a conocer
no sólo la influencia de los escritos literarios e históricos de Calderón en la
filosofía de Schopenhauer. También es posible identificar los elementos
[subrepitícios] aunque no intencional, una reflexión metafísica característica en
la literatura de Calderón, que no han pasado desapercibidos a las lecturas del
filósofo de Frankfurt, para quien la intuición metafísica implica una
"mística" que va más allá de la mera visión fenoménica del mundo.
iii. Explicitar o
conceito de Vontade partindo da exegese do sentido alemão de termos como sonho,
realidade, imaginação, Olho Cósmico,
recordação e mirada metafísica.
PENSAMIENTO: Es
la minio intrigante, aún hoy, que los sueños sigan apoyando el futuro de los
proyectos humanos.
Hipótese: “A vida
é sonho e os sonhos sonhos são”… “O mundo [a vida] é minha representação”.
Calderón apresentou uma relação imanente e identificadora do sentido real da
vida com o sonho. Tal concepção (A arte literaria de Calderón) repercurtiu
sobre a metafísica moderna, a exemplo do que ocorreu na obra O mundo…
O trabalho será
desenvuelto a partir da interpretação de Calderón e em lingua hispanica,
tangendo sua repercussão na filosofía moderna de O mundo…
O enlace com a
estética (metafísica do belo) se pautará em conceitos como os de teatro
(tragicomedia), história, realidade, sonho partindo de Calderón e auferindo com
a proposta de O Mundo…
2. NOTAS GENERALES
SOBRE CALDERÓN
Pedro Calderón de la Barca.
España (Madrid, 1600
- Madrid, 1681) - Pedro Calderón de la
Barca y Barreda González de Henao Ruiz de Blasco y Riaño.
Inició sus estudios
en Valladolid, y al destacar en ellos, fue enviado por su padre al Colegio
Imperial de los Jesuitas en Madrid, estudiando gramática, latín, griego y
teología. Continuó en la
Universidad de Alcalá de Henares estudiando lógica y retórica
pasando posteriormente a la
Universidad de Salamanca donde finalizó el bachillerato en
derecho canónico y civil. A partir de ahí, inició la carrera militar marchando
a Flandes e Italia y participando en varias campañas bélicas. Ya por 1625,
ingresó como soldado al servicio del Condestable de Castilla, habiendo escrito
por entonces su primera comedia conocida. Escribió varias comedias que le
granjearon la simpatía de Felipe IV, quien le realizó varios encargos para los
teatros de la Corte.
Nuevamente
participó en contiendas militares al tiempo que seguía escribiendo, creando
obras con las que obtuvo la simpatía del público. Tras ser herido en batalla,
le dieron la licencia absoluta en 1642, creando obras cada vez más complejas
alcanzando respeto y popularidad en la corte. Fue secretario del Duque de Alba
y posteriormente ingresó en La
Orden Tercera de San Francisco, donde se ordenó sacerdote.
Continuó escribiendo pero decantándose por los autos sacramentales siendo
designado por el rey como su capellán de honor. A la muerte de Felipe IV,
Carlos II le nombró capellán mayor.
Calderón, fue un
dramaturgo y poeta excepcional, uno de los mejores de todos los tiempos. En el
verso, revolucionó la extensión y la métrica en uso, atendiendo más al
contenido que a la forma. En teatro cultivó todos los géneros posibles, desde
su singular tratamiento de la comedia, al filosófico - teológico de los autos
sacramentales, pasando por auténticos espectáculos dramáticos, zarzuelas y
tragedias. Escribió más de doscientas obras para gloria de la literatura
española.
Todos los libros y obras de Pedro Calderón de la Barca :
A secreto agravio secreta venganza 1636
Amar después de la muerte 1659 (2008)
Amor, honor y poder 1623
Casa con dos puertas, mala es de guardar 1629
Eco y Narciso 1661
El alcalde de Zalamea 1651 (2008)
El galán fantasma 1629
El gran teatro del mundo 1655 (2005)
El mayor monstruo del mundo 1637
El mágico prodigioso 1637 (1990)
El médico de su honra 1637
El pintor de su deshonra 1650
El príncipe constante 1629 (1996)
El purgatorio de San Patricio 1640
El secreto a voces 1642
El tuzaní de la Alpujarra 1659
Guárdate del agua mansa 1657
La banda y la flor 1632
La cena del rey Baltasar 1632
La cisma de Inglaterra 1627
La dama duende 1629 (2005)
La devoción de la cruz 1634 (2000)
La fiera, el rayo y la piedra 1652 (1990)
La gran Cenobia 1625
La hija del aire 1653
La nave del mercader 1674
La niña de Gómez Arias 1672
La púrpura de la rosa 1660
La vida es sueño 1636 (2008)
Los dos amantes del cielo 1640
Manos blancas no ofenden 1640
Nadie fie su secreto 1640
No hay cosa como callar 1639
No siempre lo peor es cierto 1649
Autores
relacionados con Pedro Calderón de la
Barca
Siglo de Oro:
Miguel de Cervantes Saavedra, Francisco Gómez de Quevedo y Santibáñez Villegas,
Tirso de Molina, Lope de Vega, Baltasar Gracián, Luis de Góngora, Mateo Alemán,
Alonso de Ercilla.[1]
3. PERFIL DE LOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
No período do
barroco, a secularização do poder da igreja e os novos pressupostos da ciência
desestabilizam uma visão de mundo milenar. O confronto produzirá uma concepção
temporal que vigora até hoje. A linha reta que ia da terra ao céu no caminho
da redenção, é
substituída pela linha reta sem teleologia da ciência. Há uma “laicização do
tempo cristão retilíneo e irreversível, dissociado, porém de toda idéia de um
fim e esvaziado de qualquer sentido...” (Agamben, 2008, p.117). O tempo cristão
que previa etapas para salvação da alma até a redenção, será posteriormente
assimilado na forma “de um progresso contínuo e infinito” (op.cit., p.118).
O texto de Calderón
vai responder à concepção temporal dessa época enlutada, entre outros aspectos,
na forma de jogo. O jogo do sonho e o do teatro dentro do teatro que a peça
opera, surge como desvio da concepção temporal que se implantava, sendo
decisiva nesta análise “a transposição de dados inicialmente temporais para uma
simultaneidade espacial fictícia. Essa transposição leva-nos a um aspecto
profundo dessa forma dramática” (Benjamin, 1984,p.104). O engenho de Calderón
afronta a violência do poder soberano secular pelos artifícios construídos na
cena. Ele traz a temporalidade da redenção para o espaço da corte,
valorizando-a e, ao mesmo tempo, pela alegoria, a condena ao aspecto último da
transitoriedade do poder e valores terrenos. O jogo do sonho constrói um espaço
fictício de reflexão caminhando lado a lado com a trama da peça, onde as falas
e ações adquirem vários sentidos, “o sonho se estende sobre a vida desperta
como a abóbada celeste” (ibid.). O jogo entre a vigília e o sonho possibilita
que o ‘real’ seja visto como um disfarce, a ilusão ancora-se na realidade “del
gran teatro del mundo” (Ato 2verso 1088 ) e gera a incerteza:
SEGISMUNDO:
Decir que sueño es
engaño;
bien sé que
despierto estoy.
¿Yo Segismundo no
soy?
Dadme, cielos,
desengaño.
Decidme: ¿qué pudo
ser 255
esto que a mi
fantasía
sucedió mientras
dormía,
que aquí me he
llegado a ver?
(Ato 2 verso 251 a
258)
Na indecisão,
Segismundo conclui que “toda vida é sonho, e sonhos, sonhos são” (ato 2
v.1201). A indecisão entre vida e sonho, realidade e ilusão instiga vários
níveis de reflexão da vida como espetáculo. O foco aqui não é apenas a
reflexão, mas como a indecisão atua na estrutura do drama, e com qual(is)
fragmento(s) da realidade ela poderia se relacionar. Na sequência das cenas a
indecisão do rei Basílio2 torna seu filho um peão no tabuleiro. Segismundo não
se movimenta por si só, é movimentado diversas vezes entre a corte e o cárcere.
A indecisão funda o desenho do jogo no deslocamento espacial e opera 2
Descrevemos uma parte do enredo de A Vida é Sonho: Calderón instaura o teatro
dentro do teatro, de forma sutil, fazendo com que o personagem Segismundo seja
dramatizado por seu pai Basílio (Abel, 1968, p100,101).
Seu pai e rei, por
ter visto nas estrelas, que ele o ameaçaria e ao reino, freia esse destino,
jogando-o como uma fera humana num cárcere desde o nascimento. Numa tentativa
de rever esse ato, o traz para a corte e o coloca à prova, elaborando o ardil
do jogo do sonho, caso Segismundo não corresponda às suas expectativas.
Investido das vestes de príncipe, Segismundo logo mata um servidor. É, então,
novamente levado ao cárcere e lhe é dito que a vida na corte não passou de um
sonho. Posteriormente, ele é novamente retirado do cárcere pelo povo, que o
quer como soberano na sucessão do rei, e reconduzido à corte. E de lá, como sua
última ação no texto, envia um soldado, que o ajudou, para o cárcere.
drama, ou
trauerspiel (trauer – luto, spiel – jogo) aloja e desvia a concepção temporal
que transita no barroco, e tem na indecisão um elemento estrutural que
transmuta o luto em jogo.
O corpo de
Segismundo é palco alegórico do sofrimento da criatura que aparece “na luz
estridente de suas próprias hesitações” (Benjamin, 1984:p. 94). É sobre esse
corpo ‘natural’ que regra e anomia igualam-se, o direito contamina a política,
e a violência do poder captura e controla a vida, e se instala historicamente
(AGAMBEN, 2004: p.132). Sobre ele a violência do poder indeciso fabrica no
cárcere a indecisão da fera-humana. O corpo vestido de peles ou de príncipe é o
local em que fera e homem são fragmentados e, ao mesmo tempo, indiscerníveis.
Nesse contexto, Segismundo é capturado pelo sonho, artificio com que o poder
controla o desejo humano. Nesse jogo, o sonho não é simples metáfora teológica
da ilusão terrena, mas implanta-se no texto como estrutura onírica fragmentada
no qual a razão se forma. Razão que torna impossível a Segismundo decidir se é
fera ou homem, cadáver ou criatura viva, se o que vive é sonho ou verdade (Ato
2,v.698). A reflexão, centrada em antíteses, passa à recepção, que ainda joga
com o artifício do teatro dentro do teatro, usado com sutileza neste texto. O
teatro sendo visível torna-se um fragmento da realidade como vida ou,
espetáculo. A atualidade desse texto de Calderón, não se deve apenas à genialidade
do autor, mas contém indecisões que até hoje, sob outra roupagem, talvez ainda nos
digam respeito.
[In Fragmento e morte no tempo cênico. Artigo
académico de Rosalice Koenow Pinheiro (Alice Koenow) Programa de Pós-Graduação
em Artes Cênicas – UNIRIO Processos e Métodos de Criação Cênica – Orientador:
Prof. Dr. Walder Souza Bolsa REUNI / CAPES. Disponível em: http://www.portalabrace.org/vicongresso/territorios/Rosalice%20Koenow%20Pinheiro%20-%20Fragmento%20e%20morte%20no%20tempo%20c%EAnico.pdf
Destino, fado,
estrela, sorte. Ou qualquer outro nome que se queira dar. O homem sempre se
colocou diante de uma força maior, que seria responsável pela sua desgraça ou
sua felicidade. Quem já não se pegou dizendo: “... isso é coisa do destino”,
“tinha que ser assim”, “estava escrito”. Assim, em A VIDA É SONHO estamos
refletindo sobre esse tema e, por conseqüência, sobre o livre arbítrio, sobre a
responsabilidade que cada um tem na construção da realidade em que vivemos. A
grandeza dialética do texto de Calderón de La Barca está justamente aí: quando
ele abre diversas frentes para esta reflexão, através da dicotomia
sonho/realidade, que é vivida por Segismundo, quando acredita, ora estar sonhando,
ora estar desperto. Se de um lado, o sonho nos coloca frente a nossos desejos
profundos, a realidade nos impõe o compromisso com a vida em sociedade; se
deixamos de reconhecer que há possibilidade de construirmos uma realidade
diferente, fortalecemos a idéia de que o destino, as estrelas, o fado, ou mesmo
a sociedade, se impõem ao indivíduo. Essa é a tragicomédiahumana. Assim,
Segismundo nos apresenta, com a dúvida se o que vive é sonho ou realidade, o
seu questionamento do mundo e da forma que se vive.
Podemos perceber o
desdobramento da multiplicação do personagem, no diálogo ao longo do texto que
oferece essa possibilidade de experimentação de forma única, justamente porque
apresenta a possibilidade de multiplicação da realidade, transformando-a em sonho.
Assim, a cena calderoniana parte do próprio texto e da relação dos personagens,
para buscar esse desdobramento, essa multiplicação pelos atores que a vierem a
interpretar.
No centro, temos Segismundo, e na outra ponta Basílio,
destacando a relação criador/criatura. Basílio é o articulador! Ele cria o
“teatro” ao resolver tirar uma prova. É um embate entre ciência e astros, entre
a sabedoria humana e as estrelas. Ele encena esse teatro e coloca sua corte a
par dessa situação. É quem movimenta os atores (Clotaldo, Estrela, Astolfo,
Soldados, Criados) desse jogo. Funciona como um diretor, um condutor. Mas perde
o controle da situação quando o povo decide por Segismundo e o liberta. Mas
Segismundo já se transformou. Foi até a luz e retornou para a caverna.
Aprendeu, viveu uma experiência, não vive mais na ignorância. Mergulhando mais
profundamente no conceito de “o grande teatro do mundo”, os atores passam a ver
a cena, em cena. Participam dessa realidade construída e se misturam a ela. O
teatro se articula na possibilidade de sonho e de realidade. Os elementos
cênicos ganham destaque como elementos da fantasia ou da realidade que o teatro
propõe, erguidos à vista do espectador. A partir do contato com os atores que
se desdobram, ganham novos significados e tocam o mundo do sonho, onde tudo é
possível de ser construído, acontecido ou vivido. Nasceu em 1600, vem de uma família
tradicional e seu pai era um oficial de governo. Graduou-se em leis na
universidade, sem haver, no entanto, praticado a advocacia. Já aos treze anos
escreveu sua primeira peça, que infelizmente não chegou até nossos dias. Muito
cedo recebeu do Rei Filipe IV a incumbência de escrever uma série de peças para
o Teatro Real do Bom Retiro. Em 1637, Calderón foi feito Cavaleiro da Ordem de
Santiago pelo Rei, em reconhecimento a suas obras. Mais tarde sua produção
teatral foi interrompida por seu serviço militar na campanha contra o levante
Catalão, pelo qual recebeu uma pensão vitalícia. Tal influência foi imensa e
nem sempre positiva. Das cento e vinte peças de sua autoria que nos chegaram às
mãos, 80 são autos sacramentais celebrando o mistério da eucaristia no dia de
Corpus Christi e geralmente se constituem em alegorias à maneira das
Moralidades inglesas. As restantes são de estilo variado: tragédias de ciúmes e
honra marital, comédias, dramas camponeses e sociais. Todos os gêneros têm em
comum, além do hábil lirismo, a pátna da realidade e da reflexão. Calderón
alcança importância internacional com A Vida é Sonho, um drama filosófico profundo
e original, sua obra mais. Foi sob as santas ordens, que ele respeitou com
firmeza durante a sua vida, que o poeta se refugiou após a morte de sua amante,
em 1648, tornando-se padre após certo tempo. Calderón deixou sua marca na
dramaturgia, escrevendo até o fim de sua vida, em 1681, e com ele encerrou-se a
Era de Ouro do Teatro Espanhol.
La cultura
hispana ejerce fascinación considerable sobre la vida de Schopenhauer, tanto
por la castellana la sabiduría convencional como la literatura académica. Los maestros
del barroco Calderón de la Barca
y Baltasar Gracián son los más destacados, junto a Francisco Suárez, teólogo
jesuita español y autor de la obra. Schopenhauer, al escribir su obra magna, en
una carta en 1818 pidiendo a la hispanista Keil de Leipzig para la inspección
de una copia de los escritos Disputationes
Metaphysicae de Francisco Suárez, Teólogo jesuita y español.[2]
El artículo
oportuna por José Thomaz Brum, servirá como punto de partida para considerar
tanto Calderón y Gracián.[3]
Que representan y expresan ideas y cualidades querido por el filósofo Arthur
Schopenhauer (1788-1860) cuya filosofía, presenta la vida humana como la
ilusión de un deseo de sumergirse en la representación. Para este filósofo, es
necesario mirar más allá de la vida de ensueño o un representante. Es decir,
tenemos que actuar con una mirada
metafísica que nos permita superar el aburrimiento y el sufrimiento
proviene de nuestra inmersión en el mundo de incesante deseo y la ilusión y el
velo de Maya. Estamos constantemente oscilan entre el dolor y el deseo, la
ilusión y la desilusión que existe apunta a algo más allá. Sin embargo, ir más
allá de este hombre en su universo puede demostrar, no empíricamente, que nada
podía soportar solamente. Ver op. pp. 118-119.
En su obra El mundo como voluntad y representación
son numerosas citas que incluyen autores hispanos. El parágrafo 5 del capitulo
I de este trabajo aborda el problema de la realidad del mundo exterior y hay
una primera referencia a Calderón. En este capítulo, Schopenhauer insiste en el
carácter onírico de la vida, en alusión a la famosa obra La vida es sueño (1635). Para Calderón, un punto de vista de la
afectiva y moral, las cosas temporales son fugaces e inconsistentes, sigue
siendo nada. Esto también se conoce como el famoso fragmento de Heráclito de
Efeso, donde el mundo de la physis
está convirtiendo en uno en constante cambio. Schopenhauer toma esto como un
sueño metafísico. "El idealismo schopenhaueriano, tal como se formula en
el Mundo…, hace que la realidad objetiva, un sueño, o un arte del intelecto
humano. Véase Silva, op.cit. p. 115.
Otra alusión a
Calderón se produce en el § 51, en la Metafísica
de la Belleza, donde se trata de arte y poesía, donde la tragedia es
"el más alto de los géneros poéticos", donde el héroe cabe purgar el
pecado más grande de todos: haber nacido o que existan. En § 63 de la Metafísica de la Ética, en relación con
la justicia universal, se dice que la pena de muerte es común a todos los
hombres. La cita de relieve en los dos capítulos es: pues El delito mayor / Del hombre es haber nascido. Primer acto,
escena de la Vida es
Sueño, la segunda. "La idea de que nuestra vida es un mal, una
paráfrasis del dogma cristiano del pecado original." "El genio
poético de Calderón hizo en La vida es Sueño, el vínculo entre el mal y vivir
allí y entre el pecado de existir." (Op. p. 116.)
Después de su
segundo viaje a Italia, Schopenhauer inició una traducción - parte de la obra Oráculo Manual, (1601-1658), de Baltasar
Gracián, escritor y diseñador castellano, maestro de la prosa concisa y
centrada - sólo pagó en 1832. Se trata de "una guía de cómo tener éxito en
la vida mundana, llena de peligros del contacto con estos animales son los
hombres." Sin embargo, en una carta de 16 de abril de 1832, a Johann Georg Keil,
Schopenhauer pone de manifiesto su gran amor y la preferencia por el trabajo de
Gracián, Criticón. (Cf. Ídem)
En la obra magna
de Schopenhauer, Gracián y su Criticón
("un tejido amplio y rico de interconexión flota) están cubiertos, a la
derecha en el § 50 de la Metafísica de la
Belleza, donde es el arte alegórico," las construcciones literarias
que transmiten profundas preciosos verdades morales. " "Recordemos
que en el capítulo XXIII del segundo volumen de Parerga y Paralipomena [Über Schrifstellerei und Stil"]
Schopenhauer enumera tres características de un buen estilo: la brevedad de la
expresión, la precisión y claridad. La sucinta Gracián, autor de “lo Bueno, si breve, dos vezes Bueno” era
un modelo de Schopenhauer. Op.cit. p. 117. Véase José Luis L. Aranguren, "La morale de Gracián", en el Revre de métaphysique et de morale, 68(03), de junio a septiembre de 1963,
p. 281.
Há que ressaltar que,
na formulação dessa idéia, Schopenhauer foi marcadamente influenciado pelo dramaturgo
espanhol Pedro Calderón de la Barca (1600-1681) através da peça A Vida é Sonho,
na qual, mediante a fala lamentosa do Príncipe Segismundo, se expressa o grande
desgosto pela existência : Ai, mísero de mim! Ai, infeliz! /Descobrir, oh Deus
pretendo,/ já que me tratas assim/ que delito cometi / fatal, contra ti, nascendo./
Mas eu nasci, e compreendo que o crime foi cometido/pois o delito maior / do
homem é ter nascido. / (In Bittencourt, Renato Nunes Schoppenhauer, Nietzsche e
a questão da tragedia. Só queria saber / se em algo mais te ofendi / pra me
castigares mais./ Não nasceram os demais?/ Então, se os outros nasceram / que
privilégios tiveram / que eu não tive jamais?”[Primeira Jornada] AISTHE, nº 3,
2008 ISSN 1981-7827.
El trabajo de
Gracián puede ser abordado en tres frentes:
1. Una educación
moral para tener éxito en este mundo, una especie de sutil y maquiavélica
práctica. Obras: El Héroe (1637), El Discreto (1646), Oráculo Manual, (1601-58)
2. Una revisión
crítica del mundo, principalmente en el terreno moral y la utilidad, a
continuación, éticas y filosóficas, lo que corresponde a la novela satírica Criticón.
3. Una reflexión
religiosa sobre el trabajo propuesto Comulgatorio.
En Criticona, hay
importantes elementos de comparación con la idea de Calderón por el delito de haber nacido, y allí es el nacimiento o la puesta en el mundo.
Ver Gracián, El Criticón, I, V (Crisi
Quinta, “Entrada Del Mundo”). Cuando la afinidad con el pesimismo de
Schopenhauer más tarde es evidente.
Es cierto que lo
jesuita de la Inquisición
española no está cortejando a la mística de la negación de la voluntad de
Schopenhauer y el ascetismo. El mundo ilusorio de la vida como una trampa debe
ser cruzado, según Gracián, con una moral que eleva al hombre más allá del
barro que es. El maestro de la ilusión de que Calderón fue, líricamente pinta
el destino de los seres trágicos, el maestro del engaño de que Gracián se
apuesta, por una sabiduría práctica para tener éxito en la vida mundana (Oráculo Manual) y un ardor de la
voluntad, que era muy estimado por el ascetismo jesuita. (Op. Cit. p. 118.)
En Schopenhauer,
el dolor y el placer siempre son positivo y negativo. El mundo real y la
ilusión, en Calderón y Schopenhauer, ambos referidos a la vida, esto a su vez
basada en el conocimiento. En Schopenhauer, pero el sufrimiento y el dolor, el
conocimiento de la existencia del hombre es engañoso, es el velo de Maya. Para
Calderón, "la vida es sueño y los sueños, sueños son." Curiosidad por
entender, como muchos estudiosos de la obra de Calderón, que la inversión de la
frase sería falsa, es decir: El sueño es vida, y las vidas, vidas son. Para
ellos, tal declaración sería incompatible con el sentido del libro, La vida es sueño.
Em Schopenhauer, a dor é sempre positiva e o prazer, negativo. O mundo
real e a ilusão, em Calderón e em Schopenhauer, ambos se referem à vida, esta
por sua vez, fundamenta o conhecimento. Em Schopenhauer, além de sofrimento e
dor, o conhecimento do homem na existência é enganoso, é véu de Maia. Para
Calderón, "a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são". Curioso é
entender, como muitos estudiosos da obra de Calderón que a inversão da sentença
seria falsa, isto é: O sonho é vida, e as vidas, vidas são. Tal sentença seria
incoerente com o sentido da obra, A VIDA É SONHO.
La realidad del
sueño podría albergar vida. ¿Pero, porque el sueño no se debe entender como la
vida? Contrariamente a la famosa anécdota Cinesa que favorece la opinión de que
el sueño está vivo. Al parecer, la cuestión es la doctrina de sellos. La pieza se
realizó en ese período histórico con el fin de inculcar una visión del mundo
público, de conformidad con la realeza y el clero. Calderón defendió la
doctrina católica. Cf. p. 13.
“La vida puede
ser un sueño, pero los sueños no dejan de ser. Porque uno y también lo otro es
el engaño de la alma, o la ilusión, que contradice espantosamente el momento de
la muerte cuando en la vida no es
aceptado en las lecciones de la decepción que enseña "Todo es vanidad y
aflicción de espíritu". (p. 14)
“A vida pode ser sonho, mas os sonhos não o deixam de ser. Porque
uma como o outro são engano da alma, ou ilusão, que se desmente aterradoramente
no instante da morte, quando não se aceitou em vida as lições de desengano que
ensina "tudo é vaidade e aflição de espírito". (p.14)
La tradición
monástica de los jesuitas hizo hincapié en la lectura del Eclesiastés. Una
lectura y clara visión pesimista de la vida. Sin embargo y sorprendentemente,
la parte de Calderón se puede clasificar como una tragicomedia literaria.
Sin embargo, si
la vida humana es quebrantamiento de espíritu, el sufrimiento, y nada más allá
de eso, el sufrimiento, al parecer, se erige como una especie de fuerte razón.
Pero, ¿ese mundo se puede construir con una razón de esa manera?
A tradição monástica dos jesuítas destacava a leitura do
Eclesiastes. Uma leitura claramente pessimista da vida. Contudo e
surpreendentemente, a peça de Calderón pode ser classificada literariamente
como uma tragicomédia.
Ora, se a vida humana é aflição de espírito, sofrimento e nada além,
o sofrimento, ao que parece, se impõe como um tipo de razão mais forte. Mas,
que mundo poderia ser construído com uma razão assim?
A realidade do sonho poderia fundamentar a vida. Mas, porque o
sonho não deve ser entendido como vida? Ao que parece, a questão é de cunho
doutrinal. A peça foi encenada naquele período histórico visando inculcar no
público uma visão de mundo em concordância com a realeza e o clero.
A vida pode ser sonho, mas os sonhos não o deixam de ser. Porque
uma como o outro são engano da alma, ou ilusão, que se desmente aterradoramente
no instante da morte, quando não se aceitou em vida as lições eclesiáticas de
desengano que ensina "tudo é vaidade e aflição de espírito”.
“AVida é sonho, impressa em 1636, em Madrid, na PRIMEIRA PARTE DE
COMÉDIAS DE DOM PEDRO CALDERÓN DE LA
BARCA e, quase simultaneamente, em Zaragoça, na PARTE TREYNTA
DE COMÉDIAS FAMOSAS DE VÁRIOS AUTORES.” (p. 14)
“Entre os séculos XVI e XVII, era recorrente a idéia de que a
vigília, a ação humana, não passava de ilusão e que, como os sonhos, que se
dissipam com o dia, a vida se dissiparia com a noite ou sono da morte. Como a
figura fundava-se em doutrina cristã que remonta a Boécio e Agostinho, não
aparecia apenas nas letras ibéricas do século, a ver as peças de Shakespeare,
em especial, SONHOS DE UMA NOITE DE VERÃO. Em todos os casos, a metáfora
encenada servia à instrução e doutrina dos espíritos da audiência. Por sua vez,
a expressão ‘os sonhos, sonhos são’ em LAS AUSTRIADAS
(1584), de Juan Rufo, na TRAGÉDIA DE LA HONRA
DE DIDO RESTAURADA (1587) de Gabriel Lasso de La Vega , e em La Arcádia (1598) de
Lope de Vega, na qual o sonho, como vã esperança, é descrito como um engano a
exemplo das ilusões e imaginações do amor louco do mundo, que desvia a vontade
dos homens da via veritas, cujo norte
é o amor de Deus”. [In Calderón de La Barca (1600-1681). Trad.
Renata Pollottini. Intro. Ricardo Valle e Luiz Felipe Lima. São Paulo: Hedra,
2007. pp. 14-15.
Na obra de Calderón El gran
teatro del mundo, há uma comparação do teatro com o sonho. A encenação de
imagens fictícias despertam a imaginação da platéia, que sonha acordada, fantasiando durante a vigília os sofrimentos e
alegrias do cotidiano que, para utilizar uma expressão schopenhaueriana, vistos
numa luz tão bela produzem a satisfação fugaz.
Neste ponto, podemos inserir a temática da utopia, antes
considerando que o sonho era tido como reflexo dos eventos da vigília,
principalmente os que se inseriam de modo mais decisivo na memória. (Cf.
Lucrécio, De rerun natura, Fisiologia
dos sonhos).
A necessidade de verossimilhança que o público tinha, o fazia
projetar o conteúdo da peça teatral em suas vivências. Desse modo, o mundo das
vivências era assimilado como uma profusão de imagens ilusórias, similares ao
sonho e ao teatro. Deste modo, a fadiga dos árduos trabalhos e da vida ainda
mais sofrida da classe economicamente mais precária podiam ser desfocadas. A
utopia se inseria como uma válvula de escape para as tensões da plebe, um
lenitivo, bem ao modelo panis et circences
de prevenção de reações populares indesejadas. Contudo, a verdade metafísica
encerrada naquela expressão tão intrigante sobre a vida, assumiu um caráter tão
universal que foi capaz de invadir também o interior dos palácios e os
recônditos dos reis.
No MVR § 5 “Sonho e realidade fluem conjuntamente, confundindo-se”
p. 60.
Sobre o Parentesco íntimo entre a vida e o sonho, sabemos que nos
Vedas e nos Puranas, o Véu de Maya ou aquilo que se conhece do mundo efetivo é
comparado constantemente com o sonho. Já no pensamento grego de Platão, caberia
ao filósofo empenhar-se em despertar, em sair da caverna sombria e dirigir-se à
luz do conhecimento epistêmico.
Schopenhauer considerou que “A vida é sonho” é um drama metafísico e uma tragicomédia. (MVR I, p. 61)
O sonho começa e termina ao sabor do momento, e a vida real é
continuação constante da experiência de viver.
Ao tratar do conceito de Mitleid,
no § 63, p. 453, há alusão a Calderón quando se diz que: “Pues, el delito
mayor del hombre es haber nacido”.
Projeto de tese e artigo
By Marcelo Santos
VIDA, IMAGINAÇÃO E
SONHO: O CALDERÓN DE SCHOPENHAUER
[1] Acessaso em 14 de
abril de 2010. In
http://www.lecturalia.com/autor/3079/pedro-calderon-de-la-barca
[2]
(In SILVA, João Carlos Salles (Org.) Schopenhauer e o Idealismo alemão. Cap. 9
O Legado Espanhol – Calderón e Gracián inspiradores de Schopenhauer, de José
Thomaz Brum - pp. 115-119. Salvador: Quarteto, 2004. 274 p. ISBN 85-87243-34-9.
[3] GRACIÁN, Baltasar. El Héroi / El Discreto – Oráculo Manual y arte de la
prudencia. Edición de Luys Santa Marina. Introdución y notas de Raquel Asun.
Editorial Planeta, S.A: Barcelona, 1990.
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