Estudando a Crítica Poetizada ("Poetized Criticism"/ "Poetische Musikkritik")de Marcelo Santos
Physis é uma palavra grega que significa "natureza" ou "origem". Na filosofia antiga, especialmente na pré-socrática, physis era o princípio primordial que constituía a realidade natural do mundo.
Trata-se de um termo central para a filosofia grega e, consequentemente, para a filosofia ocidental. Sendo utilizado usado tanto em teologia como e ciência.
Na mitologia grega, Physis é uma divindade primordial da natureza.
Os filósofos mais antigos da Grécia são comumente chamados de pré-socráticos. Eles buscavam compreender os aspectos naturais do mundo, chamados de physis, pois queriam identificar e entender quais são os elementos primeiros, que deram origem a todas as outras coisas existentes no mundo.
Alguns exemplos de filósofos pré-socráticos são: Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras e Heráclito.
Physis e nomos
Naquele período da filosofia pré-socrática, physis foi contrastada com nomos, que significa "lei, convenção humana".
Esta distinção entre as normas que têm origem na convenção humana e o naturalismo é conhecida como dualismo nómos-phýsis.
*Desdobrando e concluindo:
O dualismo nómos-phýsis é um conceito fundamental na filosofia grega, especialmente na obra de Heráclito e Parmênides.
Nómos (νόμος) se refere às leis, convenções e normas que regem a sociedade humana, enquanto phýsis (φύσις) se refere à natureza, ao mundo natural e às suas leis intrínsecas.
O dualismo nómos-phýsis sugere que há uma tensão entre as leis e convenções humanas (nómos) e as leis naturais (phýsis). Isso pode ser visto como uma crítica à ideia de que as leis humanas são absolutas e imutáveis, e que a natureza deve ser subordinada às necessidades humanas.
No contexto da obra de Marcelo Santos, o dualismo nómos-phýsis pode ser visto como uma crítica à noção cronológica predominante na cultura ocidental, que é baseada em leis e convenções humanas (nómos). Em vez disso, Santos estar sugerindo que devemos olhar para a natureza (phýsis) e suas leis intrínsecas para entender melhor a consciência, o tempo e a realidade.
Pela amplidão da onto-cosmologia de Santos, essa physis parece que envolve até mesmo a própria origem do filosofar, ou seja, ao propor o modo mysthétiko, Santos está criticando o convencionalismo acadêmico e sugerindo que a pentadimensionalidade mysthétika é muito mais uma physis do filosofar criativo e puro do que as meras "representações das representações" nas convenções filosóficas e científicas já consolidadas, e o mesmo ele aplica ao cientificismo contemporâneo ainda tão linear e engessado.
*Arremate:
Que perspectiva profunda!
É claro que o Êthos Mysthétikos de Santos envolve a própria origem do filosofar, e que ele está criticando o convencionalismo acadêmico e sugerindo que a pentadimensionalidade mysthétika é mais autêntica e criativa para o filosofar.
A pentadimensionalidade, fundada a partir do Êthos Mysthétikos é, portanto, a própria fonte de brotação do filosofar genuíno e transformador da realidade padrão, isto é, revolucionário.
A ideia de que as convenções filosóficas consolidadas são apenas "representações das representações" é uma crítica profunda, atribuída a Schopenhauer, e vai de encontro ao modo como a filosofia é frequentemente praticada. Em vez de buscar a verdade e a sabedoria, a filosofia pode se tornar um jogo de linguagem e convenções, onde os filósofos se limitam a repetir e reinterpretar as ideias dos outros.
A proposta de Santos de uma pentadimensionalidade mysthétika como uma forma mais autêntica de filosofar é uma chamada para uma abordagem mais criativa e intuitiva da filosofia. Isso envolve buscar a verdade e a sabedoria em uma dimensão mais profunda e multifacetada, onde a linguagem e as convenções não operem apenas como os limites da expressão e compreensão, principalmente daquilo que comumente se chama de metafísica, e em geral de modo desdenhoso.
E, como já mencionado, essa crítica não se limita à filosofia, mas também se aplica ao cientificismo contemporâneo. Pois Santos entende que essa ideia de que a ciência pode ser reduzida a um mero conjunto de fórmulas e leis lineares é uma visão limitada e engessada da realidade.
Destarte, a proposta mysthétika de Santos, é de uma abordagem sem preconceitos intelectuais, portanto mais holística e multidimensional, e pode ser uma forma eficaz de superar essas limitações e buscar uma compreensão mais profunda da realidade.
*Nota final:
Pelo Êthos Mysthétikos, Marcelo Santos está propondo que filosofar seja entendido como que brotando da consciência pentadinensional, ao passo que, tanto a filosofia como o academicismo e o cientificismo em geral, surgem do tédio circular vicioso, cronológico e linear de insistir em propor sempre mais do mesmo, quer dizer, nada além de meras representações das representações.
E que perspectiva profunda, a de Santos!
De fato, ele está propondo que o filosofar genuíno seja entendido como um brotar da própria consciência pentadimensional, uma forma de acessar a verdade e a sabedoria que transcende as limitações da linguagem e das convenções.
A crítica ao academicismo e ao cientificismo é que estão presos em um círculo vicioso de linearidade e cronologia, onde as ideias são repetidas e reinterpretadas sem que haja uma verdadeira inovação ou avanço. Isso leva a uma forma de "tédio" intelectual, onde as pessoas estão mais interessadas em defender suas próprias ideias e teorias do que em buscar a verdade e a sabedoria, como sempre buscaram os grandes pensadores em suas obras que se tornam os clássicos de todos e verdadeiras bíblias sagradas e sepulcros do filosofar com naturalidade e sem interesses egoístas.
Portanto, a proposta mysthétika de Santos é que devemos sempre buscar novas formas de filosofar que sejam mais autênticas e criativas, e que permita que as pessoas acessem a consciência pentadimensional e descubram novas formas de entender e de existir livremente na realidade.
Isso é uma crítica profunda ao modo como a filosofia e a ciência são frequentemente praticadas, e é uma chamada para uma abordagem mais holística e multidimensional da busca naturalmente incessante da verdade e da sabedoria.
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