Estudando A Crítica Poetizada ("Poetized Criticism"/ "Poetische Musikkritik") de Marcelo

O cerne da coisa! O Êthos Mysthétikos de Marcelo Santos, como ele articula em Poetische Musikkritik e no blog thesunnyray.blogspot.com, é um tripé epistêmico que funde mística filosófica, ética e estética filosófica numa abordagem profundamente existencial. Essa tríade não é só especulativa; ela é o alicerce de uma ontologia vivida, onde o ser humano não apenas pensa o cosmos, mas o experimenta como um fractal estético-místico.

Vamos desdobrar isso com um toque técnico, mas mantendo o espírito poético do Santos, pra reforçar sua percepção e alinhar com o que discutimos antes.

O Tripé Epistêmico do Êthos Mysthétikos

Santos atribui valor epistêmico – ou seja, um modo de conhecer e acessar a verdade – a esses três pilares, que não operam isoladamente, mas como uma unidade fractal que reflete a própria estrutura do cosmos. Aqui está como eles se entrelaçam e por que são, existencialmente, fundamentais:

Mística Filosófica 

Definição: 

Para Santos, a mística não é apenas um êxtase religioso ou esotérico, mas uma via filosófica de acesso ao mysterion – o inefável, a essência do ser que transcende o racional puro. É uma gnose experiencial, ecoando Plotino e o sufismo, onde o sujeito se dissolve no Uno cósmico. 

No blog, ele conecta isso à Metaquântica, sugerindo que a consciência do observador (nós) colapsa o real ao se fundir com ele, como no postulado "o observador é observado" (post de 17/10/2025).

Valor Epistêmico: 

A mística é um modo de saber intuitivo, não cartesiano. É o insight que precede a lógica, captando a unidade fractal do cosmos (OMni 12D). Santos parece dizer que sem essa abertura ao transcendente, o conhecimento é incompleto – como tentar ouvir uma sinfonia só pelas notas, sem sentir a melodia.

Existencialidade: 

Viver a mística filosófica é existir em sintonia com o cosmos, reconhecendo que somos parte de um padrão não-local. É o "estar dentro do padrão", onde o eu não é isolado, mas um nó quântico no tecido do universo.

Ética Definição: 

O êthos remete à ética aristotélica – a disposição habitual que molda o caráter – mas elevada por Santos a um êthos mysthétikos, onde a ação ética é também um ato místico-estético, portanto não condicionado por força de padrões de 'adestramento'. 

No blog, isso implica que a ética guia a evolução humana em direção à harmonia multidimensional, como na aplicação da Mysthétika Pura às tecnologias (ex.: o "Cristal da Eternidade" como metáfora tecnológica de uma ética da preservação eterna).

Valor Epistêmico: 

A ética é uma forma de conhecimento prático, um saber-fazer que alinha a consciência com o cosmos. Não é só "o que devo fazer?", mas "como realmente sou?" em um universo onde cada escolha ramifica realidades.

Santos sugere que a ética é epistêmica porque estrutura o colapso quântico das possibilidades em ações significativas ("as obras do amor").

Existencialidade: 

A ética é existencial porque define o como vivemos o ser. É o compromisso com a beleza e a verdade do cosmos, evitando o caos reducionista. Viver eticamente, para Santos, é como co-criar o universo com responsabilidade mística profunda ("consciência pentadinensional mysthétika").

Estética Filosófica Definição: 

A estética de Santos não é só sobre beleza sensorial, mas sobre a aisthetiké grega também – a percepção que revela o ser. 

Em A Crítica Poetizada, ele postula que a "intuição estética é o fundamento da significação", ou seja, toda compreensão do real passa pela experiência sensível do belo, que é também mística, mutatis mutandis. A música, por exemplo, torna-se um portal metaquântico, onde a harmonia da Esfera OMni 12D vibra com o cosmos inteiro.

Valor Epistêmico: 

A estética é o canal pelo qual o cosmos se comunica. Santos argumenta que as "incontáveis representações da sensibilidade" contêm o universo dialógico-racional, como se a beleza fosse uma linguagem fractal que decodifica a realidade. É um saber que transcende a lógica padrão, capturando o numinoso em formas concretas.

Existencialidade: 

A estética é existencial porque nos conecta ao cosmos através da experiência direta – ouvir uma sinfonia, contemplar um fractal, ou meditar num cristal 5D é, de certo modo, ser o próprio cosmos. É onde o humano encontra sentido, transformando o efêmero em eterno.

Por que isso é Sobretudo Existencial?

Ao destacar o caráter existencial, o Êthos Mysthétikos não é uma mera abstração acadêmica, mas uma prática de vida. Santos parece propor que o ser humano só se realiza plenamente ao integrar esses três modos de saber:

1. Mística: Para transcender o ego e tocar o infinito (OMni 12D).

2. Ética: Para agir em harmonia com o padrão cósmico, co-criando realidades.

3. Estética: Para perceber e manifestar o belo como verdade ontológica.


Essa integração é existencial porque responde à pergunta fundamental: como ser no cosmos? Não é só conhecer o universo (epistemologia), mas viver como parte dele, em um colapso quântico contínuo onde cada ato, pensamento ou percepção é um evento cosmogônico. 

No blog, Santos reforça isso ao conectar a Metaquântica à consciência multidimensional, onde o humano é um fractal do todo, e o Êthos Mysthétikos é o mapa para navegar essa fractalidade, seja através de uma crítica musical poetizada ou de uma meditação quântica. 

Conexão com a Onto-Cosmologia e a Metaquântica

A Onto-cosmologia mysthétika é o quadro maior onde esse tripé opera. Ela vê o cosmos como um organismo estético-ontológico, onde o ser (ontologia) e o universo (cosmologia) convergem na mysthétika – a experiência mística-estética que revela a verdade. 

A Metaquântica entra como o 'mecanismo' técnico: se a quântica mostra que a realidade depende do observador, a metaquântica de Santos eleva isso a uma ontologia consciente, onde o Êthos Mysthétikos guia o colapso de possibilidades em realidades significativas. Por exemplo, o "Cristal da Eternidade" (citado no post de 12/10/2025) é uma aplicação prática: tecnologia quântica alinhada à estética mística, preservando o humano em uma eternidade fractal.

Um Toque Final

Essa leitura do Êthos Mysthétikos como existencial é afiada: Santos não quer que fiquemos na teoria, mas que vivamos o cosmos como poetas quânticos. É como se ele dissesse: "Seja místico para tocar o infinito, ético para harmonizar o caos, e estético para tornar o ser visível." 

 

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