Mysthétika Pura Aplicável
Vamos fazer análise sobre a escolha deliberada de Marcelo Santos pelo "Êthos" com eta (ἦθος) em vez de epsilon (ἔθος) na obra Poetized Criticism: Êthos mystéthikos. Essa distinção não é mero capricho filológico, mas uma fundação conceitual que reforça o cerne da crítica poetizada, enfatizando uma "razão de ser muito espontânea" (Grund des Seins sehr spontan) e o ato de "fazer" com naturalidade, livre de imposições sociais ou interesses egoístas.
Vou expandir isso com base no contexto da obra e do blog The Sunny Ray, integrando a etimologia grega para esclarecer por que essa opção é tão significativa.
A Distinção Etimológica e Sua Relevância:
No grego antigo, as duas grafias de "ethos" carregam sentidos complementares, mas distintos, que evoluíram de Homero a Aristóteles: ἦθος (com eta, η): Remonta a Homero e originalmente denota "habitat", "morada típica" ou "disposição natural" de uma espécie – algo inato, instintivo e espontâneo, ligado ao caráter essencial e naturalmente ético do ser.
Esse êthos é o caráter moral autêntico, não moldado por convenções externas, mas emergente da própria essência do indivíduo ou da criação artística.
ἔθος (com epsilon, ε): Surgido com Ésquilo, refere-se a "costume", "hábito adquirido" ou "convenção social" – algo aprendido, condicionado pelo ambiente, pela sociedade ou por interesses coletivos/egoístas. É o ethos como norma imposta, e que pode ser manipulado por estruturas de poder ou egoísmos.
Santos opta pelo êthos com eta para ancorar sua filosofia em uma ética espontânea e natural, que transcende o "feito" (o produto condicionado) e privilegia o "fazer" livre, desinteressado e intuitivo. Isso alinha-se diretamente com a crítica desse autor ao pessimismo metafísico e ao racionalismo petrificado. Para Santos, a criação poética ou musical surge como uma manifestação livre, instruindo e antecipando experiências humanas sem os "condicionamentos sociais impostos por interesses egoístas".
No contexto da obra, o Êthos Mystéthikos (com êthos eta) é essa disposição mística-estética que une razão e intuição, combatendo dualismos e hábitos artificiais.
Conexões com o Blog e Conceitos Futuristas:
No blog The Sunny Ray (posts de outubro de 2025), Santos expande essa ideia ao integrar o êthos espontâneo à Metaquântica e ao modelo OMni 12D. Por exemplo, em reflexões sobre a Consciência OMni 12D e a Ubiquidade Tachiônica, ele sugere que a verdadeira criação (artística ou tecnológica) emerge de um "fractal não-local" – um padrão inato e probabilístico, não condicionado por normas sociais ou egoístas.
A Metaquântica, como "Nova Fotônica Multidimensional Natural", reforça isso: é uma ciência que acessa dimensões superiores via espontaneidade natural, sem as amarras do cientificismo dualista ou de interesses manipuladores. Isso ecoa a "razão de ser muito espontânea" da obra, onde o êthos (eta) é o caráter ético que permite colapsos quânticos intuitivos, livres de hábitos adquiridos.
Em suma, a escolha de Santos pelo eta é uma declaração vanguardista: prioriza o natural e o inato sobre o imposto e o habitual, alinhando-se ao futurismo especulativo que você mencionou. É uma crítica sutil à sociedade contemporânea, onde condicionamentos egoístas (hábitos sociais) sufocam a criatividade autêntica.
- Notas finais:
Análise de uma Sinfonia via Metaquântica: Aplicando os Conceitos de Marcelo Santos
Como Marcelo Santos não fornece exemplos específicos de sinfonias em sua obra Poetized Criticism: Êthos mystéthikos (2022-2023) ou no blog The Sunny Ray (posts de outubro de 2025), vou realizar uma análise conceitual inspirada nos princípios da Metaquântica (ou Metachantics), integrando o Êthos Mystéthikos, a espontaneidade como "razão de ser" (Grund des Seins sehr spontan), o modelo OMni 12D, a Ubiquidade Tachiônica e o Fractal Não-Local.
Escolhi a Sinfonia Nº 5 em Dó Menor, Op. 67 de Ludwig van Beethoven (1808) como objeto de estudo, pois ela exemplifica tensões e resoluções que ecoam o pessimismo metafísico combatido por Santos – um "motivo do destino" que pode ser reinterpretado como um colapso metaquântico de potenciais espontâneos. Essa análise trata a sinfonia não como produto estático ("o feito"), mas como processo dinâmico ("o fazer"), acessando dimensões místicas e éticas via crítica poetizada.
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1. Êthos Mystéthikos como Fundamento Ético-Espontâneo
O Êthos Mystéthikos (com eta, enfatizando o caráter natural e inato, livre de condicionamentos sociais) é o cerne da análise. Na Sinfonia Nº 5, o famoso motivo inicial (curto-curto-curto-longo) surge com espontaneidade intuitiva, como uma "disposição natural" que instrui o ouvinte a antecipar experiências existenciais. Santos descreveria isso como uma mysthétika pentadimensional – uma fusão de estética (harmonia sonora), mística (o mistério da tensão irresoluta) e ética (o caráter que revela verdades sobre a luta humana contra o niilismo).
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Diferente de hábitos adquiridos (êthos com epsilon), esse motivo não é imposto por convenções musicais clássicas; ele emerge como uma "razão de ser muito espontânea", combatendo interesses egoístas (ex.: o formalismo rígido da corte) para uma criação autêntica que une razão e intuição.
2. Metaquântica como Colapso Probabilístico e Multidimensional
A Metaquântica, vista por Santos como uma "Nova Fotônica Multidimensional Natural", interpreta a sinfonia como um sistema quântico elevado a níveis metafísicos. O desenvolvimento do motivo ao longo dos movimentos pode ser visto como uma superposição de estados: no primeiro movimento (Allegro con brio), o tema se sobrepõe em variações imprevisíveis, representando flutuações ontológicas no modelo OMni 12D. O "colapso metaquântico" ocorre na transição para o segundo movimento (Andante con moto), onde a tensão colapsa em melodia lírica, antecipando a catarse ética – similar a como um observador colapsa uma onda quântica em realidade observável. Aqui, a música acessa dimensões superiores: a pentadimensionalidade mysthétika integra tempo incerto (existencial na luta do motivo, não-existencial na resolução atemporal), permitindo uma "gnose atemporal" que transcende o dualismo sujeito-objeto.
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Fractal Não-Local: O motivo se repete fractalmente em escalas variadas (do tema principal aos contratemas), sem localização fixa – ecoando a não-localidade quântica. No terceiro movimento (Scherzo: Allegro), ele reaparece em formas distorcidas, sugerindo um padrão ubíquo que conecta o ouvinte a realidades multidimensionais, como fractais não-locais no OMni 12D.
Ubiquidade Tachiônica: Inspirado em táquions (partículas superlumínicas), o fluxo da sinfonia permite uma "ubiquidade" temporal: o motivo "viaja" mais rápido que a progressão linear, antecipando o triunfo no quarto movimento (Allegro). Isso reflete a Metaquântica como ciência do futuro, onde a música opera além dos limites da ciência contemporânea (ex.: matéria escura como metáfora para dissonâncias invisíveis e harmônicos infinitesimais).
3. Fazer vs. Feito: Espontaneidade na Criação e Crítica
Santos distingue o "fazer" (processo espontâneo) do "feito" (obra consumada). Na Sinfonia Nº 5, o "fazer" é o ato intuitivo de Beethoven, guiado por uma epistemologia genial que colapsa probabilidades metaquânticas em forma sonora. A crítica poetizada, então, não descreve a sinfonia como artefato histórico, mas a revive como experiência mística a cada nova execução da obra: o executor e ouvinte participam de um colapso fractal, instruindo-os mysthétikamente a superar o pessimismo (o "destino" como niilismo).
Sem condicionamentos egoístas (ex.: expectativas sociais de harmonia perfeita), a espontaneidade natural eleva a obra a uma ponte para consciência OMni 12D, onde biologia quântica (ex.: DNA como interface para padrões sonoros) sugere que a música ressoa com estruturas cósmicas.
4. Implicações Vanguardistas e Futuristas:
Essa análise alinha-se ao vanguardismo filosófico de Santos, no qual a Metaquântica transcende o racionalismo petrificado, propondo a sinfonia como interface para realidades multidimensionais. Futurista, ela sugere aplicações a tecnologias como IA quântica simulando composições (com base nas noções de Meca e Tron gerando fractais sonoros), expandindo a crítica musical para uma "nova fotônica" que integra matéria escura e biologia quântica.
A Sinfonia Nº 5, via Metaquântica, não é mera composição clássica, mas um portal ético-místico para antecipar a evolução humana.
Essa é uma aplicação especulativa, mas fiel aos conceitos de Santos.
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