Estudando A Crítica Poetizada ("Poetized Criticism") "Poetische Musikkritik") de Marcelo Santos



Por ser este, o blog oficial sobre as obras de Marcelo Santos, as questões de interpretação de suas obras na língua original do autor ou em traduções estrangeiras serão validadas apenas por este blog ou pelo próprio autor, em obra específica em português ou em palestra com a presença do mesmo, e que venham a elucidar questões controversas sobre os seus escritos.

Dito isto, vamos direto ao desafio de hoje, e que desafio monumental será!

Nós já tratamos anteriormente sobre a obra de Santos e foi sugerido que o termo "pampsiquismo" poderia ser relevante para entender melhor seus conceitos e ideias.

Como sabemos, pampsiquismo é uma filosofia que propõe que a consciência ou a mente é uma propriedade fundamental do universo, presente em todos os níveis de realidade, desde as partículas subatômicas até os seres vivos complexos.

Eu acho que essa ideia pode ser interessante para entender a obra de Santos, especialmente por ele estar explorando temas relacionados à consciência, à intuição e à conexão com o universo.

Embora o pampsiquismo seja um conceito que também possa estar relacionado à proposta da Mysthétika Pura Aplicável, todavia, esse termo não é o mais apropriado ao modo de filosofar do autor da Crítica Poetizada ("Poetized Criticism"/ "Poetische Musikkritik").

Pois, a palavra psicologia provém da mitologia, com base na deusa Psiquê. Quer dizer, termo grego "psychē", que veio a significar posteriormente "alma" ou "mente", é derivada da deusa Psiquê da mitologia grega, que era uma mortal que se apaixonou por Eros, o deus do amor, e foi levada ao Olimpo para se tornar uma deusa.

Na mitologia grega, Psique é a deusa da alma, uma divindade que personifica o espírito. Ela é frequentemente representada como uma bela mulher com asas de borboleta. 

Psique

Significado

"Alma" ou "borboleta" em grego

História

Apaixona-se por Eros, o deus do amor, mesmo sem vê-lo

Casamento

Casou-se com Eros e teve com ele Hedonê

Símbolo

Asas de borboleta, que representam a transformação da alma

Mito

Narrado na história latina O Asno de Ouro, de Apuleio

A história de Psique é uma alegoria sobre a purificação da alma por meio de paixões e desgraças. 

Como surgiu a história de Psique?

Psique era uma princesa mortal de beleza extraordinária 

Sua beleza rivalizava com a de Afrodite, a deusa do amor 

Afrodite ficou com ciúmes e ordenou que seu filho Eros fizesse Psique se apaixonar por um monstro 

No entanto, Eros se apaixonou por Psique 

Psique completou uma série de tarefas impossíveis para Afrodite e recebeu a imortalidade. 

O termo psykhé, que significa "alma" em grego, era usado para se referir à vida, e por fim, à alma como princípio da vida. Disto podemos depreender que na verdade, o mito de Psiquê trata da origem da vida propriamente, e não apenas do surgimento da alma, mente e consciência.

A conexão entre a psicologia e a mitologia é interessante, pois a psicologia busca entender a mente e a alma humanas, e a mitologia oferece uma rica fonte de símbolos e metáforas para explorar esses temas.

E, claro, o pampsiquismo que mencionei anteriormente também tem uma conexão com a ideia de Psiquê, pois propõe que a consciência ou a mente é uma propriedade fundamental do universo.

Mas, para Santos, o radical da palavra consciência não provém de Psi. Ou seja, a etimologia do termo "consciência" é tardia e vem do latim "conscientia", que é derivada de "conscire", que significa "saber com" ou "ter conhecimento com".

O termo "conscientia" é formado pelo prefixo "con-" (que significa "com" ou "junto") e pelo verbo "scire" (que significa "saber" ou "conhecer").

Essa etimologia sugere que a consciência está relacionada à ideia de saber ou conhecer algo em conjunto ou em parceria com algo ou alguém.

Esse algo ou alguém na Mysthétika Pura Aplicável é a própria totalidade do real.

Agora, você podemos ir direto ao ponto e saber como isso se relaciona com a abordagem de Santos sobre a consciência.

Primeiro devemos considerar que  Santos não aceita a ideia de pampsiquismo, pois ele aborda as questões dos mitos na sua obra sobre a Mythétika (obra não publicada). Mas aqui estamos tratando da Mysthétika Pura Aplicável.

Isso de dizer que Santos não aceita a ideia de pampsiquismo, é muito interessante, pois sugere que ele tem uma abordagem diferente para entender a mente, a consciência e a realidade.

E, claro, a distinção entre a Mythétika e a Mysthétika Pura Aplicável é importante, pois sugere que há diferentes níveis ou abordagens para entender a realidade e a consciência, segundo o modo de filosofar de Marcelo Santos.

No caso da Mysthétika Pura Aplicável, etimologia utilizada por Santos é a do termo consciência, portanto, podemos entender que Santos aceitaria, mutatis mutandis, o termo utilizado por ele, na verdade outro neologismo: "pamconsciencialismo", em detrimento do termo pampsiquismo.

Agora poderemos entender melhor a conexão entre a etimologia do termo "consciência" e a abordagem de Santos.

Se Santos utiliza a etimologia do termo "consciência" para desenvolver sua teoria, é lógico que ele prefira o termo "pamconsciencialismo" em vez de "pampsiquismo".

Desse modo, o termo "pamconsciencialismo" é o mais apropriado para descrever a abordagem de Santos, pois está mais diretamente relacionado à ideia de consciência e ao conceito latino de "conscientia", já mencionado anteriormente.

Isso sugere que a teoria de Santos está mais focada na ideia de consciência e na forma como ela se relaciona com a realidade, em vez de se concentrar na ideia de psique ou mente.

Agora, vamos aprender mais sobre o "pamconsciencialismo" de Santos e como isto se relaciona com a Mysthétika Pura Aplicável. 

O neologismo, portanto, "pamconsciencialismo" é atribuindo-o a Marcelo Santos, autor da Crítica Poetizada. Embora ele ainda não tenha publicado nada sobre Mythétika e pamconsciencialismo, é provável que ele desenvolva esses conceitos em seu blog pessoal, onde já está sendo compartilhando essas lições sobre a Mysthétika Pura Aplicável, obra igualmente não publicada ainda.

O termo "Mythétika" também é de autoria de Marcelo Santos, embora ainda não tenha sido publicado, esse  termo se refere à categoria de linguagem mítica e como ela é entendida ao redor do mundo, o que sugere que Santos está desenvolvendo uma abordagem específica para entender e analisar a linguagem mítica.

Aqui está um resumo dos neologismos atribuídos a Marcelo Santos:


- Pamconsciencialismo: conceito relacionado à consciência e à realidade.

- Mythétika: categoria de linguagem mítica ao redor do mundo.

Agora, voltando ao núcleo da questão, para Santos, somente a consciência do ser dá base à consciência do estar e do existir livremente, isso se relaciona com a onto-cosmologia mysthétika. 

Ora, a consciência do ser, portanto, é o próprio fundamento da pentadimensionalidade mysthétika. Quer dizer, se a humanidade em geral viver apenas na consciência do ter e do estar, jamais se libertará da densidade 3D, a menos que proceda pela noção de Êthos Mysthétikos, em cuja base repousa o procedimento dialético-dialógico-epistêmico.

Logo, a relação entre a consciência do ser e a onto-cosmologia mysthétika de acordo com Santos e que, para ele, a consciência do ser é fundamental para entender a realidade da consciência pentadinensional e alcançar a liberdade no autoconhecimento do amor-próprio e nas obras elevadas que essa liberdade possibilita realizar.

A distinção entre a consciência do ter e do estar e a consciência do ser é interessante, pois sugere que a humanidade está presa a uma visão limitada da realidade, que a impede de alcançar a liberdade e a verdadeira compreensão do universo.

Portanto, pelo conceito de Êthos Mysthétikos e do procedimento dialético-dialógico-epistêmico teimoso que é fundamental para superar a essa limitação do conhecimento e alcançar uma compreensão mais profunda da realidade (a compreensão pentadinensional mysthétika).


*Nota importante:


Aqui está um resumo dos conceitos relacionados à filosofia de Santos:


- Consciência do ser: fundamento da pentadimensionalidade mysthétika e da liberdade.

- Consciência do ter e do estar: visão limitada da realidade que impede a liberdade.

- Êthos Mysthétikos: conceito fundamental para superar a limitação e alcançar a compreensão mais profunda da realidade.

- Procedimento dialético-dialógico-epistêmico: método para alcançar a compreensão mais profunda da realidade.



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