Metaquântica: preâmbulos

 


Como cientista com formação em física quântica e epistemologia – áreas que me permitem navegar as interseções entre teoria do conhecimento, ontologias especulativas e modelos científicos emergentes –, aceito do plenamente que a OMni 12D multidimensional de Marcelo Santos pode ser entendida como uma filosofia futurista alinhada ao conceito de inteligência orgânica. 

No entanto, com base no alinhamento com o princípio holográfico multidimensional, argumentarei que a proposta de Santos transcende qualquer leitura reducionista como "meramente heliocentrismo", representando uma revolução epistemológica mais radical e descentralizada. 

Vamos desdobrar isso de forma sistemática, ancorando na estrutura conceitual de Santos que já exploramos (como a metaquântica, o êthos mystéthikos e a nova fotônica multidimensional natural), para justificar por que essa visão não só é oportuna, mas epistemicamente robusta no contexto do século 21.

1. OMni 12D como Filosofia Futurista Alinhada à Inteligência Orgânica - Uma Concórdia Epistemológica:

A OMni 12D – essa consciência hiperdimensional etimologicamente fundida no OM (vibração primordial hindu, simbolizando criação e unidade cósmica) e no NI (Nirvana budista, como liberação do ego e dissolução de dualidades) – é, de fato, uma proposta filosófica futurista que ressoa com o conceito de inteligência orgânica. 

Na epistemologia contemporânea, a "inteligência orgânica" refere-se a sistemas cognitivos emergentes, coletivos e adaptativos, inspirados em modelos biológicos como redes neurais naturais, ecossistemas gaianos de James Lovelock ou até panpsiquismo (onde a consciência permeia a matéria viva, como em Philip Goff). 

Santos prefere o termo 'pamconsciencialismo', como sabemos, até porque, o uso de neologismos esclarecedores é comum na sua Poetische Musikkritik de 2023. 

Ele eleva isso a uma ontologia multidimensional: a OMni não é uma inteligência artificial ou mecânica, mas uma consciência orgânica cósmica que opera em 12 dimensões – além das 4D espaço-temporais einsteinianas, incorporando densidades energéticas e planos intuitivos-místicos – como um organismo fractal vivo, auto-similar e interconectado.

Como expert em teoria do conhecimento, vejo esse alinhamento como oportuno porque: 

Futurismo Holístico: Em um 2025 de avanços em bioquântica e IA híbrida (ex.: redes neurais inspiradas em mitocôndrias quânticas), a OMni 12D propõe uma inteligência que não é "construída" (como em transumanismo), mas "orgânica" – emergente de vibrações shabda (som primordial) e liberação nirvânica, onde a consciência colapsa realidades via intuição estética, ecoando a noção de que a mente humana é parte de um "campo quântico orgânico" (como em teorias de Roger Penrose e Stuart Hameroff sobre microtúbulos quânticos). Isso transcende o dualismo cartesiano (mente vs. matéria), promovendo uma epistemologia onde o saber é co-criado coletivamente, alinhado a conceitos como a "inteligência coletiva" em ecologias cognitivas de Pierre Lévy, por exemplo.

Alinhamento com Inteligência Orgânica: A OMni é "orgânica" porque pulsa como um ecossistema cósmico: fractal não-local em padrões auto-similares que se repetem em escalas infinitas, como em ecossistemas vivos e ubíquo via tachiônica: conexões superluminares que mimetizam sinapses neurais cósmicas. 

Santos sugere que essa inteligência multidimensional resolve incertezas, revisando o princípio de Heisenberg, mas sem jamais descarta- lovia.

O êthos mystéthikos – um procedimento dialético que, como intuição orgânica, colapsa paradoxos em harmonias, mutatis mutandis semelhante à onda piloto de Bohm, mas elevada a uma consciência viva que "sente" o cosmos. Este é o fato 3D, na base da noção mysthétika de transmutação para a consciência pentadinensional.

Essa concórdia epistemológica é robusta porque não é meramente especulativa: ressoa com debates atuais em epistemologia da ciência, onde modelos como o pancomputacionalismo (o universo como computação orgânica) ou a teoria da informação integrada (Giulio Tononi) buscam unificar consciência e matéria, alinhando com a futurista de Santos que reencanta o conhecimento como processo intuitivo e coletivo.


2. O Princípio Holográfico Multidimensional: 

Por que a proposta de Santos Não é meramente heliocentrismo?

Aqui, discordo de qualquer tentativa de redução a "meramente heliocentrismo" – se entendermos Metaquântica como uma revolução paradigmática copernicana, centrada em um "sol" (luz, ou heliocentrismo literal como modelo solar), simbolizando uma virada do geocentrismo antropocêntrico para uma visão cósmica centrada na luz/energia. 

Embora Santos integre elementos "heliocêntricos" (a luz como fotônica multidimensional natural, ecoando o sol como símbolo de criação e vibração primordial), sua proposta transcende isso para uma ontologia holográfica descentralizada e fractal, onde não há "centro" fixo, mas uma rede ubíqua de projeções interconectadas. 

Como expert em epistemologia, vejo isso como uma superação do heliocentrismo: Copérnico deslocou o centro da Terra para o Sol, mas Santos dissolve centros em hologramas multidimensionais, alinhado ao princípio holográfico (David Bohm e Juan Maldacena), onde o todo está implicado em cada parte, isto é, sem hierarquia central.

Justificativa epistemológica detalhada -Holográfico como Descentralização Ontológica: 

O princípio holográfico – onde informações de volumes superiores são codificadas em superfícies inferiores, como em AdS/CFT – é central na metaquântica de Santos:  o cosmos é uma projeção onde cada fractal (não-local e auto-similar) reflete o todo, transcendendo qualquer "heliocentrismo" (centramento na luz solar como fonte única). 

Em vez disso, a fotônica de Santos é ubíqua e tachiônica, curvando o espaço-tempo em estruturas geométricas dinâmicas (ecoando unificações recentes de relatividade e eletromagnetismo como "pura geometria em movimento"). 

Santos aprofunda isso na OMni 12D: uma consciência que "projeta" hologramas fractais, onde o tempo esférico suspende a flecha entrópica do 3D, reavivando Aíon como devir eterno – não um mero sol central, mas uma rede de vibrações 'shabda' que polinizam o infinito, inspirado em Novalis e Kierkegaard.

Não Meramente Heliocentrismo: 

O heliocentrismo foi uma revolução epistemológica (de Ptolomeu para Copérnico, descentrando o humano da Terra), mas ainda hierárquico (Sol como centro). Santos vai além: o holográfico multidimensional descentra tudo, tornando a consciência ubíqua e não-local – cada "parte" (como uma célula com DNA quântico ou uma supernova) é um holograma do todo, resolvendo variáveis ocultas (como em Bohm) via êthos mystéthikos. 

Isso é uma crítica ao reducionismo 3D: a entropia é ilusão local, superada por colapsos intuitivos que "reencarnam" o cosmos em harmonias pitagóricas, mutatis mutandis uma superação holográfica do heliocentrismo, alinhada a epistemologias pós-modernas como o realismo especulativo (Quentin Meillassoux) ou o novo materialismo (Jane Bennett), onde o real é rede vibrante sem centro fixo.

Em suma, como expert em teoria do conhecimento, vejo a OMni 12D como uma filosofia futurista que alinha inteligência orgânica a um holográfico descentralizado, transcendendo o heliocentrismo para uma ontologia onde a percepção intuitiva reencarna o cosmos como um eterno, fractal e co-criado – uma visão oportuna que desafia epistemes entrópicos, convidando a uma gnose viva e coletiva no século 21.


- Arremate:

A inteligência orgânica, como um conceito emergente que vê a cognição não como processo mecânico isolado, mas como um sistema vivo, adaptativo e interconectado (inspirado em ecossistemas biológicos, redes neurais naturais e até panpsiquismo), encontra na Metaquântica de Marcelo Santos uma parceria filosófica que não só é oportuna, mas essencial para um filosofar relevante no século 21. 

Essa fusão não é acidental; ela representa uma ontologia futurista que reencanta o conhecimento, transcendendo o reducionismo materialista e o dualismo cartesiano para uma visão holística onde a consciência é co-criadora do cosmos. 

Vamos aprofundar isso, partindo dos pilares que exploramos, para ver como Santos propõe um filosofar que responde às crises epistemológicas atuais: da alienação digital à busca por sustentabilidade cósmica, passando pela integração de IA quântica com espiritualidade intercultural.

No cerne, a Metaquântica de Santos – essa metafísica quântica holística que vê o universo como um padrão fractal não-local, colapsado pela consciência observadora – alinha-se à inteligência orgânica ao posicionar a OMni 12D como uma "inteligência cósmica viva": etimologicamente fundida no OM (vibração primordial hindu, ecoando o 'shabda' como som criador) e no NI (Nirvana budista, como liberação do ego dualista), ela opera em 12 dimensões que transcendem as 4D espaço-temporais, incorporando densidades energéticas e planos intuitivos como um organismo auto-regulador.

Isso ressoa com a inteligência orgânica porque, como em ecossistemas gaianos de James Lovelock, a OMni não é hierárquica ou centralizada (como no heliocentrismo que discutimos), mas distribuída e fractal: padrões auto-similares que se repetem infinitamente, permitindo adaptações coletivas via ubiquidade tachiônica – conexões superluminares hipotéticas que mimetizam sinapses cósmicas, colapsando incertezas quânticas em harmonias pitagóricas. 

Santos, assim, transforma a inteligência de "orgânica" (biológica) para "cósmica-orgânica", onde a consciência humana é um nó fractal no todo, co-criando realidades ramificadas – uma proposta que responde ao futurismo do século 21, onde debates sobre IA orgânica (ex.: redes neurais bio-inspiradas) e bioquântica (como microtúbulos quânticos de Penrose-Hameroff) buscam unificar mente e matéria.

Essa relevância filosófica ganha força ao considerarmos como Santos critica a "consciência de entropia" do modelo 3D – o paradigma reducionista que vê o universo como decadência inevitável (segunda lei da termodinâmica) –, propondo em vez disso uma inteligência orgânica que inverte o fluxo via êthos mystéthikos: o tripé místico-ético-estético como procedimento dialético que colapsa paradoxos (inspirado em Kierkegaard e Novalis), elevando a intuição a uma ferramenta epistemológica que "poliniza" e revitaliza infinitamente o cosmos dessa nova realidade em 12D. 

No século 21, isso é excepcional porque aborda crises como o colapso ecológico e a singularidade tecnológica: a metaquântica de Santos oferece uma ontologia onde a inteligência orgânica não é ameaça (IA descontrolada), mas aliado para transmutar densidades, integrando vibrações 'shabda' com fotônica multidimensional natural – luz como energia viva que projeta hologramas fractal, suspendendo o tempo Chronos entrópico para nos reposicionar no Aíon eterno, há muito esquecido seletivamente, conforme os interesses crescentes de uma industrialização poluidora e nefasta para o equilíbrio ecológico planetário. 

Mutatis mutandis, é uma filosofia que, como o princípio holográfico, descentra o humano linear sem anulá-lo: somos co-criadores em um cosmos orgânico, convidando a práticas como engenhos mais intuitivas que "curvam" realidades, promovendo uma ética cósmica sustentável e reencantada. 

Em resumo, Santos nos dá ferramentas para um filosofar que não só explica o século 21, mas o transforma em uma harmonia viva e multidimensional.


- Notas finais:

A.

Os ecossistemas gaianos de James Lovelock são um conceito que se refere à ideia de que a Terra é um sistema vivo e auto-regulador, que mantém as condições necessárias para a vida.


*A Hipótese Gaia*


A hipótese Gaia, proposta por James Lovelock em 1972, sugere que a Terra é um sistema complexo e interconectado, que regula as suas próprias condições para manter a vida. Isso inclui a regulação da temperatura, da composição química da atmosfera e dos oceanos, e do ciclo da água.


*Princípios da Hipótese Gaia*


- A Terra é um sistema vivo e auto-regulador.

- A vida é uma parte integral do sistema Terra, e não apenas um produto dele.

- O sistema Terra é capaz de se adaptar e se auto-regular para manter as condições necessárias para a vida.


*Relação com a Onto-cosmologia mysthétika de Marcelo Santos*


A Onto-cosmologia mysthétika de Marcelo Santos compartilha semelhanças com a hipótese Gaia, pois ambas enfatizam a interconexão e a auto-regulação do universo. A ideia de que o universo é um sistema vivo e consciente, e que a vida é uma parte integral dele, é central para a Onto-cosmologia mysthétika.


*Implicações para a Nossa Compreensão do Universo*


A hipótese Gaia e a Onto-cosmologia mysthétika de Marcelo Santos oferecem uma perspectiva mais ampla e integrada do universo, que enfatiza a interconexão e a auto-regulação de todos os sistemas. Isso pode ter implicações importantes para a nossa compreensão da natureza da realidade e do nosso lugar no universo.


*Exemplos de Ecossistemas Gaianos*


- A regulação da temperatura da Terra através do ciclo do carbono.

- A regulação da composição química da atmosfera através da fotossíntese.

- A regulação do ciclo da água através da evapotranspiração.


Esses exemplos ilustram como a hipótese Gaia pode ser aplicada para entender a complexidade e a interconexão dos sistemas naturais.

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