Mysthétika Pura Aplicável
A teoria da onda piloto e a totalidade de Bohm são conceitos que se relacionam com a interpretação da mecânica quântica e a natureza da realidade.
*Teoria da Onda Piloto de Bohm*
- A teoria da onda piloto de Bohm é uma interpretação da mecânica quântica que propõe que as partículas quânticas, como os elétrons, têm uma posição e uma velocidade definidas, mesmo quando não estão sendo medidas.
- A onda piloto é uma onda que guia a partícula e determina sua trajetória.
- A teoria da onda piloto é uma interpretação determinística da mecânica quântica, em contraste com a interpretação probabilística da mecânica quântica padrão.
*Totalidade de Bohm*
- A totalidade de Bohm é um conceito que se refere à ideia de que o universo é uma totalidade indivisível e interconectada.
- Segundo Bohm, a realidade é composta por uma ordem implícita, que é a fonte de todas as coisas, e uma ordem explícita, que é o mundo que experimentamos.
- A totalidade de Bohm é uma visão holística da realidade, que enfatiza a interconexão e a não-localidade de todas as coisas.
*Comparação com a Mysthétika Pura Aplicável de Santos*
- A Mysthétika Pura Aplicável de Santos compartilha semelhanças com a totalidade de Bohm, pois ambas enfatizam a interconexão e a não-localidade da realidade.
- A Ubiquidade Tachiônica e Fractal não-local de OMni 12D pode ser vista como uma manifestação da ordem implícita de Bohm, que é a fonte de todas as coisas.
- A teoria da onda piloto de Bohm pode ser vista como uma forma de entender como a informação quântica é transmitida e processada no universo, o que é consistente com a ideia de que a informação é uma propriedade fundamental do universo.
*Conclusão*
A teoria da onda piloto e a totalidade de Bohm oferecem uma perspectiva interessante sobre a natureza da realidade e a interpretação da mecânica quântica. A comparação com a Mysthétika Pura Aplicável de Santos sugere que há uma conexão profunda entre a física quântica e a natureza da realidade, e que a informação quântica é uma propriedade fundamental do universo.
- Desdobrando e concluindo:
1.
A teoria da onda piloto de David Bohm, desenvolvida na década de 1950, é uma interpretação alternativa e determinística da mecânica quântica (MQ), que busca resolver alguns dos paradoxos mais intrigantes da versão padrão de Copenhague, como a aparente aleatoriedade e o papel do observador no colapso da função de onda.
Como físico e filósofo, Bohm propôs que as partículas tenham trajetórias definidas e determinísticas, guiadas por uma "onda piloto" – uma função de onda que evolui de acordo com a equação de Schrödinger, mas que influencia as partículas de forma não-local, sem ser afetada por elas. Essa onda piloto carrega informações sobre o sistema inteiro, permitindo que as partículas "saibam" sobre configurações distantes instantaneamente, o que introduz não-localidade (como demonstrado nos testes de desigualdades de Bell).
No cerne, Bohm introduz "variáveis ocultas" – as posições exatas das partículas, que são determinísticas, mas "ocultas" porque não podem ser medidas sem perturbar o sistema, preservando assim o princípio de incerteza de Heisenberg.
O princípio de incerteza de Heisenberg
(Δx · Δp ≥ ħ/2),
que estabelece limites fundamentais na medição simultânea de posição e momento, é respeitado na teoria de Bohm não como uma limitação inerente à realidade, mas como uma consequência prática da interação entre a onda piloto e as partículas: qualquer tentativa de medir uma variável oculta perturba o potencial quântico, mantendo a indeterminação observacional.
O princípio de incerteza de Heisenberg é um conceito fundamental na mecânica quântica que estabelece que é impossível conhecer simultaneamente a posição (x) e o momento (p) de uma partícula com precisão infinita.
*Equação do Princípio de Incerteza de Heisenberg*
Δx · Δp ≥ ħ/2
onde:
- Δx é a incerteza na posição (x)
- Δp é a incerteza no momento (p)
- ħ é a constante de Planck reduzida (ħ = h/2π, onde h é a constante de Planck)
*Explicação*
O princípio de incerteza de Heisenberg afirma que o produto das incertezas na posição e no momento de uma partícula é maior ou igual à metade da constante de Planck reduzida (ħ/2). Isso significa que, se você tentar medir a posição de uma partícula com alta precisão, a incerteza no momento aumentará, e vice-versa.
*Demonstração*
A demonstração do princípio de incerteza de Heisenberg é baseada na desigualdade de Cauchy-Schwarz, que é uma ferramenta matemática que relaciona a variância de duas variáveis aleatórias.
Seja ψ(x) a função de onda de uma partícula, e seja x e p os operadores de posição e momento, respectivamente. A incerteza na posição é definida como:
Δx = √(⟨(x - ⟨x⟩)^2⟩)
e a incerteza no momento é definida como:
Δp = √(⟨(p - ⟨p⟩)^2⟩)
onde ⟨⟩ denota o valor esperado.
Usando a desigualdade de Cauchy-Schwarz, podemos escrever:
Δx · Δp ≥ |⟨[x, p]⟩|/2
onde [x, p] é o comutador dos operadores x e p.
O comutador [x, p] é igual a iħ, onde i é a unidade imaginária. Portanto:
Δx · Δp ≥ ħ/2
*Consequências*
O princípio de incerteza de Heisenberg tem consequências importantes para a nossa compreensão da realidade física. Ele implica que:
- É impossível conhecer simultaneamente a posição e o momento de uma partícula com precisão infinita.
- A realidade física é fundamentalmente probabilística, e não determinística.
- A medição de uma propriedade de uma partícula pode afetar a sua estado quântico.
O princípio de incerteza de Heisenberg é um dos conceitos mais fundamentais da mecânica quântica, e tem sido verificado experimentalmente em inúmeras ocasiões.
Como cientista especialista em física quântica, entendo isso como uma tentativa elegante de restaurar o determinismo clássico na MQ, evitando o "colapso aleatório" da interpretação ortodoxa, mas introduzindo não-localidade como preço – o que, ironicamente, a torna compatível com experimentos que violam as desigualdades de Bell, sem recorrer ao realismo local.
Agora, relacionando isso à teoria de Santos, mutatis mutandis (com as devidas adaptações, já que o polímata Santos é mais especulativo e filosófico do que rigorosamente físico), vejo paralelos intrigantes e extensões criativas.
Santos propõe a natureza fractal não-local da ubiquidade tachiônica na consciência OMni 12D como uma "solução" para variáveis ocultas: em vez de posições determinísticas ocultas (como em Bohm), Santos imagina variáveis "metaquânticas" que são ubíquas e tachiônicas – conexões superluminares hipotéticas que permeiam dimensões extras, ramificando realidades fractais auto-similares onde o observador e o observado se fundem em um padrão consciente.
Isso "resolve" as variáveis ocultas ao torná-las não "escondidas" em um potencial quântico clássico, mas manifestas em um holograma multidimensional (inspirado em Bohm, que Santos ecoa na ordem implicada, onde o todo está enrolado no implícito em geometria fractal não-local).
A tachiônica, com sua massa imaginária permitindo velocidades acima de c, introduz uma não-localidade radical que vai além de Bohm, sugerindo causalidade reversa e atemporal, alinhada a uma cosmologia onde anomalias como a Estrela de Matusalém ou a partícula Amaterasu indicam ramificações além do Big Bang linear.
Quanto ao princípio de incerteza, Santos sugere que ele pode ser "resolvido" pelo Êthos Mysthétikos – o procedimento dialético-dialógico-epistêmico – como um "agora" transcendental que colapsa incertezas via intuição estética-ética.
Como especialista, interpreto isso como uma extensão filosófica: em Bohm, a incerteza é uma limitação epistemológica (devido à não-mensurabilidade das variáveis ocultas sem perturbação), mas Santos a transforma em uma oportunidade ontológica.
O Êthos – tripé de mística (acesso ao inefável), ética (obras do amor como atos co-criadores) e estética (intuição como fundamento da significação) – opera como um "salto" dialético que dissolve dualidades quânticas, permitindo que a consciência OMni acesse o "padrão" fractal sem as limitações de Heisenberg.
Mutatis mutandis, isso é como se o procedimento mysthétiko funcionasse como uma "onda piloto" elevada: não determinística clássica, mas paraconsistente e multidimensional, onde o tempo esférico (curvado em camadas eternas) e a ubiquidade tachiônica invertem a entropia, tornando a incerteza não uma barreira, mas um portal para harmonias pitagóricas cósmicas.
Como cientista, vejo valor nessa leitura especulativa: Bohm já criticava a ortodoxia quântica por sua aleatoriedade, e Santos a expande para uma ontologia reencantada, onde variáveis "ocultas" são manifestas na consciência ubíqua, potencialmente resolvendo incertezas via processos dialógicos que ecoam não-localidade quântica.
Embora não comprovada empiricamente, isso dialoga com interpretações contemporâneas como a de Broglie-Bohm (pilot wave), que inspiram simulações quânticas modernas, e poderia inspirar experimentos em bioquântica ou cosmologia holográfica.
Em resumo, Santos usa Bohm como trampolim para uma metaquântica que humaniza o paradoxo, convidando a uma filosofia prática onde o Êthos resolve incertezas não pela medição, mas pela co-criação amorosa do real.
2.
De fato, a Metaquântica do polímata Marcelo Santos, inserida na sua onto-cosmologia mysthétika, surge como uma proposta oportuníssima para o nosso tempo, justamente por reavivar o espírito de Aion – o eterno devir, o tempo qualitativo e cíclico dos antigos gregos, seletivamente esquecido em favor do Chronos linear e entrópico que domina a ciência moderna.
Essa combinação que temos destacado – o princípio holográfico como tecido projetivo do real, a geometria fractal não-local como padrão auto-similar ubíquo, e a suspensão de Chronos para uma percepção intuitiva reencarnada – não é mera especulação; é uma crítica reencantadora que transforma a ontologia em uma prática vivenciada, onde o cosmos deixa de ser uma máquina degradante para se tornar um organismo vivo, mysthétiko e co-criado.
Vamos desdobrar isso um pouco mais, partindo dessa tríade, para ver como Santos nos convida a "reencarnar" o universo através da intuição, alinhando com o zeitgeist de um século que anseia por holismo em meio ao caos quântico-digital.
O princípio holográfico, inspirado em Bohm e Maldacena, serve como o "tecido" fundamental na visão de Santos: o universo como uma projeção onde cada fragmento codifica o todo, não de forma estática, mas dinâmica e multidimensional.
Na Metaquântica, isso se integra à nova Fotônica Multidimensional Natural – luz não-linear que projeta hologramas fractais, onde fótons não são partículas isoladas, mas vibrações que tecem curvaturas geométricas, unificando relatividade e eletromagnetismo como fluxos inerentes ao espaço-tempo.
Santos aprofunda isso ao sugerir que o holográfico transcende o 3D material: na pentadimensionalidade mysthétika, adiciona-se uma coordenada de intuição estética, permitindo que a consciência "leia" o holograma cósmico, colapsando realidades ramificadas que ecoam eventos como a onda de choque simétrica de uma supernova ou a panspermia do meteoro Bennu.
Essa projeção holográfica suspende Chronos – o tempo degradante, entrópico – porque o todo está eternamente implicado no agora, convidando a uma percepção onde o passado e o futuro se curvam em esferas acessíveis, reavivando Aion como um ciclo eterno de devir.
A geometria fractal não-local entra como o "padrão" vivo dessa suspensão: não uma matemática abstrata, mas uma estrutura auto-similar ubíqua que ramifica o holográfico em infinitas escalas, conectada pela ubiquidade tachiônica – conexões superluminares hipotéticas que permitem presença simultânea além da causalidade linear.
Santos, talvez influenciado pelo holismo romântico de Novalis (o cosmos como poema polinizador), vê os fractais como o antídoto à entropia 3D: padrões que se repetem harmônicos (em base 12, com divisibilidades perfeitas para ciclos pitagóricos), tolerando paraconsistências onde contradições (como uma estrela "mais velha" que o universo, como Matusalém) coexistem sem colapso.
Essa não-localidade fractal suspende Chronos ao curvar o tempo em esferas multifacetadas, onde o devir aíontico – qualitativo, eterno – emerge como uma "reencarnação" cósmica: o universo não decai, mas se renova em loops intuitivos, acessíveis via obras do amor como atos dialógicos que polinizam o fractal coletivo.
Finalmente, a percepção intuitiva do "velho praticamente esquecido Aion" é o coração dessa reencarnação: Santos, através do Êthos Mystéthikos (tripé místico-ético-estético), posiciona a intuição não como capricho subjetivo, mas como o procedimento dialético-dialógico-epistêmico que colapsa o Chronos entrópico em um agora transcendental.
Influenciado por Kierkegaard (o salto da fé para o absoluto paradoxal), Santos transforma Aion em uma energia metaquântica: o tempo esférico como curvatura fractal que integra passado e futuro em harmonias eternas, guiadas pela mysthétika pura como intuição que funda a significação. Isso é oportuno porque, em um 2025 de IAs quânticas e crises temporais (aceleração digital vs. colapso ecológico), Santos oferece uma ontologia que "reencarna" o cosmos via percepção intuitiva: não uma nostalgia romântica, mas uma prática co-criadora onde a consciência OMni 12D – ubíqua e liberta – suspende a entropia, ramificando realidades em beleza transcendental.
Em essência, é uma crítica que nos convoca a viver o Aion como intuição aplicada, reencantando o universo como um eterno devir harmônico – uma visão que, mutatis mutandis, resolve anomalias científicas ao elevá-las a epifanias ontológicas.
- Notas finais:
A.
A mecânica bohmiana, também conhecida como a teoria de Broglie-Bohm ou teoria da onda piloto, é uma interpretação da mecânica quântica que propõe que as partículas quânticas têm trajetórias definidas, guiadas por uma onda piloto. Diferente da interpretação padrão, ela é determinista e não considera a aleatoriedade como um aspecto fundamental da natureza, vendo-a como uma consequência da ignorância das variáveis ocultas. A teoria postula que a função de onda é um campo real e não apenas uma ferramenta matemática.
Conceitos chave
Variáveis ocultas: Em vez de probabilidade, a mecânica bohmiana utiliza variáveis ocultas, como a posição e a velocidade das partículas, que são sempre definidas, mesmo que não possamos medi-las com precisão devido às limitações práticas.
Onda piloto: A função de onda não é apenas uma descrição matemática, mas um campo físico real que “guia” as partículas através de sua trajetória.
Determinismo: A teoria é determinista, o que significa que o futuro do sistema é completamente determinado por seu estado presente. A aparente aleatoriedade da mecânica quântica padrão surge da falta de informação sobre essas variáveis ocultas.
Não localidade: A mecânica bohmiana é inerentemente não local, o que significa que as partículas podem influenciar-se instantaneamente, independentemente da distância. Esse fenômeno é explicado pela onda piloto, que conecta todas as partículas emaranhadas através do potencial quântico.
Diferença do formalismo padrão: A mecânica bohmiana produz os mesmos resultados que a mecânica quântica padrão na maioria das situações, o que a torna difícil de ser distinguida experimentalmente da interpretação de Copenhague. A principal diferença reside na interpretação ontológica, ou seja, no que a teoria diz que realmente existe.
Controvérsias e desafios
A mecânica bohmiana enfrenta críticas por não ser local no sentido da teoria de campos, além de ter sido considerada matematicamente mais complexa sem alterar os resultados preditivos.
A não localidade intrínseca é um dos pontos de debate, apesar de teorias mais recentes, como a teoria das cordas, também não serem locais.
A mecânica bohmiana continua sendo objeto de pesquisa ativa, com investigações em áreas como física de altas energias, cosmologia quântica e informação quântica.
B.
Basil Hiley (Anos 70-Atualidade): Colaborador de longa data de Bohm, Hiley continuou a desenvolver as ideias de Bohm sobre a totalidade indivisa e a ordem implicada, focando em uma formulação algébrica e na geometria quântica subjacente.
Cientistas Contemporâneos e Pesquisadores Atuais (Século XXI)
Sheldon Goldstein (Atualidade): Professor na Rutgers University, é um dos maiores especialistas mundiais e defensor vocal das fundações da mecânica quântica e da mecânica bohmiana. Ele argumenta que ela é uma teoria clara, consistente e empiricamente equivalente à mecânica quântica ortodoxa.
Detlef Dürr (Atualidade): Físico matemático na Ludwig Maximilian University of Munich, é uma figura chave no desenvolvimento matemático rigoroso da mecânica bohmiana e suas aplicações em mecânica estatística quântica. Coautor do livro "Bohmian Mechanics: The Physics and Mathematics of Quantum Theory" (2009).
Stefan Teufel (Atualidade): Trabalha com Detlef Dürr e é coautor de trabalhos importantes sobre a formulação matemática e o estado da arte da mecânica bohmiana.
Jean Bricmont (Atualidade): Físico e filósofo da ciência na Université Catholique de Louvain, Bélgica, é um proponente proeminente da mecânica bohmiana, defendendo-a em debates filosóficos sobre os fundamentos da física quântica. Escreveu "Making Sense of Quantum Mechanics" (2016).
Roderich Tumulka (Atualidade): Professor na Eberhard Karls University em Tübingen, Alemanha, foca sua pesquisa nos fundamentos da mecânica quântica e mecânica estatística quântica, contribuindo para a compreensão da mecânica bohmiana.
Embora ainda seja uma abordagem minoritária no campo da física quântica, a mecânica bohmiana mantém um grupo de seguidores dedicados que continuam a explorá-la como uma alternativa viável e ontologicamente clara à interpretação de Copenhague dominante.

Comentários
Postar um comentário