Mesclado poético(s)

Poeta enriquecido (Sobre as regras da morte)

No poeta alvissareiro que sou,
Paira um ar de desprezo pelas regras.
E, não só paira como goza.
Sou poeta antigramatical!
Poesia viva que antecede gramática.
É anterior à vida que se deixa
Vencer da morte.
Nem a morte é viva, nem é vida a cidade.
Vida que morre é regra,
Morte sem vida é tédio.
Sou, hoje, um poeta rico, muito
Embora de poucas posses.
Não possuo muitos bens
Mas, do pouco que tenho, me glorio...
Eis a minha riqueza:
Confundir o verso com a estrofe.
Transformando a dor em poesia,
Sou um alquimista do sofrimento e
De quem no mundo ainda sofre.
Repentista das nobres ideias -
"logias"?
Idealista em verdadeira fala:
Falo, fio e felo teus licores
Em teus meandros, Florida,
Minhas melodias...
Mas, não sei se a estrofe é o verso,
Ou se é o reverso, a estrofe.
Por vezes, firo e prefiro 
"Strogonoff"!
Sou rico porque quero,
Sou tudo o que eu desejo e,
Tudo aquilo que eu quero, o vejo.
Vejo e quero tudo o que sou.
Eu Sou e vejo enquanto almejo.

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