Amargas verdes-idades
Humanidade em decomposição pela idade:
Revelam-se,
Na odiosa experiência do choro,~

Amargas verdades:

Essa vida é como um bolo
Muito creme, amendoim e chocolate.
Come-se muito, segue-se ao enfarte.

É descoberta de sabores
No estampido de sublimes amores,
É o crescimento em dores,
Temores que promovem valores.

Na visão escura do cego, há contrastes.
Cores que brilham sem luzes.
Sensibilidade...
Banho de sentimentos expressos pelo tato,
Um importante elemento que redescobre
O olfato.
Velho cego,
Recupera a tua visão!
Desnuda-se imponente à vista,
Os olhos da ave e os do alpinista.
Ao pianista, a vida material é superação,
Antonímia da fúria,
Amor a mostrar-se remontando o encaixe,
Motivo, sentido outrora perdido.
É o supremo embate,
Prova substancial do divino,
Nossa fé isenta de rabinos.
Descobre-se o reino a partir de seus reinos.
Vê-se a rever-se e a perder-se.
Isso é o que nos faz saber
Que, sobre a vida sobra,
O não poder mentir a mentira.
Uma redundância:
Curar o amor platônico numa transa
Homérica.
Que não se pode manter viva nas lendas,
Tampouco nos mitos.
Maritacas, periquitos;
Já não trocamos o dito pelo não dito
E nisso, há certo mistério ou será capricho?
Pra bicho, carrapicho.
Nudez de orgasmo que
Sempre encobre algo.
O melhor é estar no porvir,
É estar além e, às vezes por baixo.
Aquém, amém!
Nunca é a aparente roupagem.
Deposta a plumagem,
Aparece a verdadeira imagem.
Passagem por muitas paisagens,
Diversas pousadas vivas
Nessa grandiosa viagem.
Em certos trechos surge uma miragem,
Que ensina a deparar com a morte
E termina. Ou será que se reanima?
Assim como este novo poema
Que é - meio que sem rima e -
A nós todos dá sorte.
Se bem o degustares
Verás, que não termina em morte.
Mais se reafirma, re-afina.
Só... então não abuses!
Dá sorte!
Deixa que o devir te termina
Tal qual, no fim,
Uma fina neblina, uma colagem de
Recortes...
-Houve um tempo que era tudo que havia.-

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