O mundo que eu vejo e que me vê 

Eu sou gratidão, Deus!
Agradeço aos olhos meus.
Posso, enfim e ao menos, admirar-me.

Que maravilha é
Ter olhos e ver...
Não ser assim, tão comum.

Olhos videntes, viventes,
Viajantes da vista:
Mundo real,
Incomum...?

É o que eu vejo
Meu espírito, meus olhos,
Minha vida,
Em tantos vejo:

Vidas se acabando...

Sinto o amor que me toca
E o temor sufoca.

Embora eu não veja motivos
Para essas linhas tortas,
Que ditam verdades 
- Mas, afinal, quem mais se importa? -

Natureza quase-morta,
Natividade decomposta.
Uma vida que recobra a consciência
Na dureza dessa lida,
Apaixonada e infringida,

Olhos que eu tanto gosto e que tão poucos olham! 

Ocupados
Não enxergam mais do que as suas vendas!
Mal percebem, tensamente, as suas veias,
Minhas incontáveis sendas...

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